Ainda é impossível calcular o retorno financeiro de muitas ferramentas baseadas em IA, diz SAP

Prédio da SAP

Em evento organizado pela SAP em Buenos Aires na última semana, jornalistas de toda a América Latina se reuniram para discutir as direções da transformação digital na região. A análise conduzida por Ignacio Perrone, diretor de pesquisa da Frost & Sullivan, destacou as tecnologias de nuvem e inteligência artificial (IA) como motores do interesse corporativo, mas que enfrentam desafios práticos, como custo e retorno sobre investimento (ROI).

Sobre os dados em nuvem

  1. Prioridades Corporativas: de acordo com a pesquisa apresentada pela SAP no evento, 77% das empresas na América Latina buscam aprimorar a experiência do cliente, enquanto 75% focam na eficiência operacional e 74% visam o crescimento da receita.
  2. Desafios da Nuvem: embora a promessa de escalabilidade seja atraente, 46% das empresas mencionaram os custos como barreira significativa, levando a um movimento de “repatriação de dados” para servidores próprios. Isso ocorre também nos Estados Unidos, especialmente quando o suporte técnico e o controle sobre dados não atendem às expectativas.
  3. Preocupações com Segurança: cerca de 44% dos entrevistados pela pesquisa expressaram preocupações com a segurança de dados, impulsionadas por regulamentações rigorosas.

Sobre a inteligência artificial

Embora a IA esteja ganhando espaço, com 32% das empresas já implementando a tecnologia e 29% desenvolvendo protótipos, o ROI continua sendo um desafio para 50% das companhias. Muitas implementações de IA, como chatbots, melhoram a experiência do cliente, mas seu impacto no lucro é difícil de quantificar. Como resultado, as empresas têm se concentrado em projetos menores que garantam economia de custos, limitando a inovação.

Perrone comparou essa tendência à trajetória da Internet das Coisas (IoT), que também enfrentou obstáculos de custo e focou em soluções específicas com retorno visível. Na IA, sem garantias financeiras claras, a tecnologia é usada como ferramenta de contenção de despesas em vez de motor de inovação.

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