A Apple trouxe a tecnologia de IA diretamente para milhões de usuários com o lançamento do Apple Intelligence, que oferece recursos básicos de geração de texto e edição de imagens para dispositivos iPhone, iPad e Mac. Essa introdução ocorre em um momento em que grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, também estão integrando IA em seus produtos, mas enfrentam críticas por seu consumo de energia e impacto ambiental.
A Corrida da IA e Suas Consequências Energéticas
Desde o lançamento do ChatGPT em 2022 pela OpenAI, que impulsionou o interesse e os investimentos em IA, o consumo de energia dos centros de dados disparou. Estudos estimam que o uso de eletricidade por data centers pode aumentar 160% até o fim da década, impactando as emissões de CO2 e a demanda por água. Por exemplo, uma pesquisa indicou que gerar dois e-mails de 200 palavras com o ChatGPT consome a mesma energia que um carro Tesla Model 3 para percorrer uma milha, além de necessitar de resfriamento intensivo.
O Caso da Apple
Diferente de outras empresas, a Apple afirma que processa algumas funcionalidades do Apple Intelligence diretamente nos dispositivos dos usuários, reduzindo a dependência de centros de dados e, potencialmente, o impacto ambiental. Contudo, faltam detalhes sobre quais operações são realizadas no dispositivo e quais são enviadas para servidores da Apple, o que levanta preocupações sobre a transparência.
A Necessidade de Transparência
Pesquisadores, como Sasha Luccioni, destacam a importância de exigir mais informações e responsabilidade das empresas de tecnologia sobre os impactos ambientais de suas soluções de IA. Enquanto a Apple e outras gigantes da tecnologia continuam a integrar IA em seus produtos, muitos usuários enfrentam um dilema: utilizar a tecnologia sem saber seu real impacto ou tentar evitá-la em um mundo onde a IA está cada vez mais onipresente.
Luccioni conclui: “Não acho que devemos nos sentir culpados, mas sim pedir mais informações e responsabilidade por parte das empresas.”