Apple deve lançar câmera inteligente para residências

A Apple parece estar expandindo sua linha de produtos para além de iPhones e MacBooks com o desenvolvimento de sua primeira câmera inteligente para residências, de acordo com informações do renomado analista Ming-Chi Kuo, publicadas no Medium. O processo de pesquisa e produção do item, no entanto, deve ser finalizado apenas em 2026. A empresa promete trazer integração com o ecossistema da Apple e funcionalidades avançadas.

O que sabemos sobre a câmera inteligente da Apple

Conforme relatado por Kuo, a nova câmera se conectará sem fio a outros dispositivos da Apple, uma característica já comum em tecnologias domésticas inteligentes. Além disso, o produto contará com funcionalidades do Siri e da Apple Intelligence, a ferramenta de inteligência artificial da empresa, embora detalhes sobre essas capacidades ainda não tenham sido revelados.

Especulações sobre o design e o propósito da câmera continuam em aberto. Não está claro se o produto será semelhante às câmeras de segurança usadas em campainhas inteligentes, como as da Ring, ou se terá um enfoque diferente e menos associado à vigilância direta.

O contexto da expansão

Com a chegada de produtos como a câmera inteligente, a Apple parece seguir uma tendência de mercado em que dispositivos domésticos inteligentes ganham protagonismo. O lançamento planejado para 2026 reforça o compromisso da empresa em diversificar seu portfólio e aumentar a integração entre os produtos do ecossistema Apple.

Apple lança Apple Intelligence em meio a crescentes preocupações com o consumo energético da IA

A Apple trouxe a tecnologia de IA diretamente para milhões de usuários com o lançamento do Apple Intelligence, que oferece recursos básicos de geração de texto e edição de imagens para dispositivos iPhone, iPad e Mac. Essa introdução ocorre em um momento em que grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, também estão integrando IA em seus produtos, mas enfrentam críticas por seu consumo de energia e impacto ambiental.

A Corrida da IA e Suas Consequências Energéticas

Desde o lançamento do ChatGPT em 2022 pela OpenAI, que impulsionou o interesse e os investimentos em IA, o consumo de energia dos centros de dados disparou. Estudos estimam que o uso de eletricidade por data centers pode aumentar 160% até o fim da década, impactando as emissões de CO2 e a demanda por água. Por exemplo, uma pesquisa indicou que gerar dois e-mails de 200 palavras com o ChatGPT consome a mesma energia que um carro Tesla Model 3 para percorrer uma milha, além de necessitar de resfriamento intensivo.

O Caso da Apple

Diferente de outras empresas, a Apple afirma que processa algumas funcionalidades do Apple Intelligence diretamente nos dispositivos dos usuários, reduzindo a dependência de centros de dados e, potencialmente, o impacto ambiental. Contudo, faltam detalhes sobre quais operações são realizadas no dispositivo e quais são enviadas para servidores da Apple, o que levanta preocupações sobre a transparência.

A Necessidade de Transparência

Pesquisadores, como Sasha Luccioni, destacam a importância de exigir mais informações e responsabilidade das empresas de tecnologia sobre os impactos ambientais de suas soluções de IA. Enquanto a Apple e outras gigantes da tecnologia continuam a integrar IA em seus produtos, muitos usuários enfrentam um dilema: utilizar a tecnologia sem saber seu real impacto ou tentar evitá-la em um mundo onde a IA está cada vez mais onipresente.

Luccioni conclui: “Não acho que devemos nos sentir culpados, mas sim pedir mais informações e responsabilidade por parte das empresas.”

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