Recentemente, o YouTuber MegaLag publicou um vídeo de 23 minutos alegando práticas antiéticas por parte do Honey, uma extensão gratuita do navegador que promete encontrar cupons de desconto para compras online. O Honey, subsidiário do PayPal, é amplamente promovido por influenciadores e criadores de conteúdo, mas agora enfrenta acusações graves.
As alegações
MegaLag afirmou que a Honey teria se apropriado de receitas de afiliados que deveriam ser destinadas aos influenciadores que promovem determinados produtos. O serviço supostamente firmava acordos com varejistas para aplicar apenas os códigos de desconto preferidos pelos próprios varejistas. Se verdadeiras, essas práticas prejudicariam tanto influenciadores quanto consumidores que confiavam na extensão.
Repercussão e resposta de influenciadores
O vídeo de MegaLag, que já acumula mais de 14 milhões de visualizações, provocou reações intensas. O influenciador Marques Brownlee, que trabalhou com o Honey no passado, publicou um vídeo explicando o caso e lamentou sua associação com a extensão: “Se eu soubesse disso, nunca teria trabalhado com o Honey.”
Ação judicial contra PayPal
Em 29 de dezembro, advogados representando criadores de conteúdo que fizeram parceria com o Honey entraram com uma ação coletiva contra o PayPal, reivindicando danos superiores a US$ 5 milhões. Marques Brownlee, embora tenha se manifestado, não foi citado como autor do processo.
Em comunicado ao Law.com, o PayPal defendeu os benefícios do Honey:
“O Honey é gratuito e oferece aos consumidores economias adicionais sempre que possível. Ele ajuda os comerciantes a reduzir o abandono de carrinho e aumentar a conversão de vendas. O Honey segue as regras e práticas do setor, incluindo a atribuição de última interação.”
Com o processo em andamento e influenciadores se distanciando da marca, o caso levanta preocupações sobre transparência e ética em parcerias publicitárias envolvendo plataformas digitais. A reação do público e possíveis mudanças nas práticas do Honey serão acompanhadas de perto.