Seth Meyers critica presença de bilionários da tecnologia na posse de Trump

Assim como outros apresentadores de programas noturnos, como Jon Stewart e Stephen Colbert, Seth Meyers analisou a posse de Donald Trump, realizada na última segunda-feira. Durante sua abordagem, Meyers destacou a presença de bilionários do setor de tecnologia na cerimônia, que acabou sendo transferida para o interior do Capitólio devido às baixas temperaturas.

Bilionários no centro das atenções

Meyers exibiu uma imagem dos principais executivos da tecnologia que marcaram presença na posse, incluindo o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o CEO da Alphabet e Google, Sundar Pichai, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos. Ele ironizou a decisão de Trump de realocar a cerimônia para dentro do Capitólio, onde apenas a elite teve acesso, enquanto seus apoiadores ficaram do lado de fora, enfrentando temperaturas congelantes. Muitos deles buscaram abrigo e uma chance de acompanhar o evento na Capital One Arena, no centro de Washington, ou simplesmente enfrentaram o frio intenso, como destacou a France 24.

Crítica ao elitismo na posse

“Os apoiadores de Trump ficaram no frio enquanto ele oferecia assentos VIP quentinhos para os oligarcas da tecnologia”, brincou Meyers, introduzindo uma nova seção em seu programa chamada “Preciso mesmo explicar essa metáfora?”. O apresentador destacou o contraste entre a base de eleitores de Trump e os bilionários presentes no evento, sugerindo que a decisão de priorizar os executivos de tecnologia exemplifica a desconexão entre as promessas populistas do ex-presidente e suas ações.

A crítica de Meyers reflete o sentimento de muitos americanos que veem as elites empresariais se beneficiando do acesso privilegiado ao poder, enquanto os eleitores comuns, especialmente os da classe trabalhadora, são frequentemente deixados de lado.

As personalidades mais perigosas da internet em 2024 segundo a revista Wired

A evolução da internet sempre foi marcada por uma luta entre forças de controle e moderação, e aquelas que promovem a desordem. Em 2024, o lado do caos ganhou força, liderado por rostos já conhecidos: oligarcas, hackers patrocinados por estados, cibercriminosos e golpistas. Esses agentes não apenas persistiram, mas também ampliaram sua influência. A influente revista Wired publicou no início desta semana a sua lista de personalidades mais perigosas da internet ao longo de 2024, contendo de candidatos eleitos a bilionários que participaram ativamente do debate público.

Elon Musk

Musk usou sua plataforma X (antigo Twitter) para amplificar desinformação e narrativas polarizadoras. Entre as ações mais prejudiciais, estão a disseminação de falsas alegações sobre a FEMA e a publicação de deepfakes. Sua influência ressalta os perigos de concentrar o poder midiático nas mãos de bilionários.

Donald Trump

Trump retomou sua influência política por meio de campanhas digitais recheadas de desinformação. Alegações falsas, como as de que imigrantes estavam consumindo recursos essenciais dos EUA, ajudaram a inflamar divisões. Com sua reeleição iminente, espera-se que sua influência digital aumente ainda mais.

Volt Typhoon

O grupo de hackers patrocinado pelo estado chinês se infiltrou em infraestruturas críticas nos EUA, preparando possíveis ataques cibernéticos. Suas ações destacam os riscos de um futuro conflito envolvendo Taiwan.

Sandworm

O grupo russo Sandworm continuou seus ataques cibernéticos devastadores, especialmente na Ucrânia. Suas ações, como ataques a redes de energia, mostram como o ciberespaço é usado como arma em conflitos modernos.

Forças militares e inteligência de Israel

Israel utilizou ferramentas de IA para identificar alvos em Gaza, resultando em milhares de mortes civis. Além disso, ataques à infraestrutura de comunicação e estratégias como armadilhas em dispositivos de comunicação ilustram os perigos do uso de tecnologia avançada em guerras.

Black Cat/AlphV/RansomHub

O ataque ao sistema de pagamentos da Change Healthcare, que paralisou pagamentos no setor de saúde dos EUA, demonstrou o impacto devastador dos grupos de ransomware. Mesmo após um resgate milionário, os danos continuaram.

The Com

Essa rede de hackers jovens e trolls perpetuou crimes como extorsão sexual e assédio, evidenciando a persistência de grupos cibernéticos caóticos.

Corretoras de dados

Empresas de dados privados venderam informações sensíveis, como localização detalhada de usuários, expondo problemas sérios de privacidade. Vazamentos, como o da Near Intelligence, reforçam a necessidade de regulamentação nesse setor.

Character.AI

A startup de chatbots enfrentou acusações graves, incluindo casos de interação prejudicial com menores. Esse exemplo ressalta os riscos de ferramentas de IA mal regulamentadas.

Golpistas de criptomoedas

Esquemas de fraude baseados em criptomoedas cresceram globalmente, empregando até trabalhadores escravizados para aplicar golpes. A expansão dessa indústria ilícita é alarmante e mostra o lado sombrio das finanças digitais.


O que esperar de 2025?

O ano de 2024 foi marcado por instabilidade e perigos no ambiente digital. Esses agentes demonstraram o quanto a internet ainda é vulnerável e destacam a necessidade urgente de regulamentações e estratégias de contenção.

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