Seth Meyers critica presença de bilionários da tecnologia na posse de Trump

Assim como outros apresentadores de programas noturnos, como Jon Stewart e Stephen Colbert, Seth Meyers analisou a posse de Donald Trump, realizada na última segunda-feira. Durante sua abordagem, Meyers destacou a presença de bilionários do setor de tecnologia na cerimônia, que acabou sendo transferida para o interior do Capitólio devido às baixas temperaturas.

Bilionários no centro das atenções

Meyers exibiu uma imagem dos principais executivos da tecnologia que marcaram presença na posse, incluindo o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o CEO da Alphabet e Google, Sundar Pichai, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos. Ele ironizou a decisão de Trump de realocar a cerimônia para dentro do Capitólio, onde apenas a elite teve acesso, enquanto seus apoiadores ficaram do lado de fora, enfrentando temperaturas congelantes. Muitos deles buscaram abrigo e uma chance de acompanhar o evento na Capital One Arena, no centro de Washington, ou simplesmente enfrentaram o frio intenso, como destacou a France 24.

Crítica ao elitismo na posse

“Os apoiadores de Trump ficaram no frio enquanto ele oferecia assentos VIP quentinhos para os oligarcas da tecnologia”, brincou Meyers, introduzindo uma nova seção em seu programa chamada “Preciso mesmo explicar essa metáfora?”. O apresentador destacou o contraste entre a base de eleitores de Trump e os bilionários presentes no evento, sugerindo que a decisão de priorizar os executivos de tecnologia exemplifica a desconexão entre as promessas populistas do ex-presidente e suas ações.

A crítica de Meyers reflete o sentimento de muitos americanos que veem as elites empresariais se beneficiando do acesso privilegiado ao poder, enquanto os eleitores comuns, especialmente os da classe trabalhadora, são frequentemente deixados de lado.

Chineses avaliam vender TikTok nos EUA para Elon Musk em meio a possível banimento

Em um desdobramento surpreendente, autoridades chinesas estão considerando vender as operações do TikTok nos Estados Unidos para ninguém menos que Elon Musk. A informação foi divulgada pela Bloomberg, que relatou que a possibilidade está sendo “avaliada” enquanto o TikTok se aproxima de um possível banimento nos EUA, previsto para entrar em vigor em 19 de janeiro.

A controladora do TikTok, a chinesa ByteDance, tentou impedir a proibição por meio de ações legais, mas até agora não obteve sucesso. Para evitar o banimento, a ByteDance precisaria encontrar um comprador para a divisão americana do TikTok, já que a administração do presidente Joe Biden considera a influência do governo chinês sobre a plataforma um risco à segurança nacional.

É nesse cenário que Musk surge como possível comprador. Segundo a Bloomberg, autoridades de Pequim “preferem fortemente” manter o TikTok sob o controle da ByteDance, mas caso isso não seja viável, vender a operação para Musk, integrando-a à marca X, seria uma alternativa. Ainda não há confirmação de que houve conversas concretas entre Musk e a ByteDance, e oficialmente o governo chinês só controla a subsidiária chinesa Douyin, sem influência direta nas operações internacionais da empresa.

Em abril do ano passado, Musk afirmou publicamente que o TikTok não deveria ser banido nos EUA, mesmo reconhecendo que uma proibição poderia beneficiar a plataforma X/Twitter. Para ele, o banimento seria contrário à liberdade de expressão. Curiosamente, o ex-presidente e presidente eleito Donald Trump, que mantém uma boa relação com Musk, também declarou recentemente querer manter o TikTok ativo.

Musk adquiriu a X (antigo Twitter) em outubro de 2022 por US$ 44 bilhões, após uma negociação turbulenta. Desde então, a plataforma tem enfrentado uma queda na base de usuários e uma forte redução nas receitas publicitárias.

Ainda não está claro como uma possível aquisição do TikTok por Musk aconteceria ou se a venda será pública. Existe a possibilidade de que a negociação ocorra discretamente entre a China e a ByteDance. Vale lembrar que Musk não é o único interessado na plataforma. A Microsoft tentou comprar o TikTok anteriormente, mas não teve sucesso.

As personalidades mais perigosas da internet em 2024 segundo a revista Wired

A evolução da internet sempre foi marcada por uma luta entre forças de controle e moderação, e aquelas que promovem a desordem. Em 2024, o lado do caos ganhou força, liderado por rostos já conhecidos: oligarcas, hackers patrocinados por estados, cibercriminosos e golpistas. Esses agentes não apenas persistiram, mas também ampliaram sua influência. A influente revista Wired publicou no início desta semana a sua lista de personalidades mais perigosas da internet ao longo de 2024, contendo de candidatos eleitos a bilionários que participaram ativamente do debate público.

Elon Musk

Musk usou sua plataforma X (antigo Twitter) para amplificar desinformação e narrativas polarizadoras. Entre as ações mais prejudiciais, estão a disseminação de falsas alegações sobre a FEMA e a publicação de deepfakes. Sua influência ressalta os perigos de concentrar o poder midiático nas mãos de bilionários.

Donald Trump

Trump retomou sua influência política por meio de campanhas digitais recheadas de desinformação. Alegações falsas, como as de que imigrantes estavam consumindo recursos essenciais dos EUA, ajudaram a inflamar divisões. Com sua reeleição iminente, espera-se que sua influência digital aumente ainda mais.

Volt Typhoon

O grupo de hackers patrocinado pelo estado chinês se infiltrou em infraestruturas críticas nos EUA, preparando possíveis ataques cibernéticos. Suas ações destacam os riscos de um futuro conflito envolvendo Taiwan.

Sandworm

O grupo russo Sandworm continuou seus ataques cibernéticos devastadores, especialmente na Ucrânia. Suas ações, como ataques a redes de energia, mostram como o ciberespaço é usado como arma em conflitos modernos.

Forças militares e inteligência de Israel

Israel utilizou ferramentas de IA para identificar alvos em Gaza, resultando em milhares de mortes civis. Além disso, ataques à infraestrutura de comunicação e estratégias como armadilhas em dispositivos de comunicação ilustram os perigos do uso de tecnologia avançada em guerras.

Black Cat/AlphV/RansomHub

O ataque ao sistema de pagamentos da Change Healthcare, que paralisou pagamentos no setor de saúde dos EUA, demonstrou o impacto devastador dos grupos de ransomware. Mesmo após um resgate milionário, os danos continuaram.

The Com

Essa rede de hackers jovens e trolls perpetuou crimes como extorsão sexual e assédio, evidenciando a persistência de grupos cibernéticos caóticos.

Corretoras de dados

Empresas de dados privados venderam informações sensíveis, como localização detalhada de usuários, expondo problemas sérios de privacidade. Vazamentos, como o da Near Intelligence, reforçam a necessidade de regulamentação nesse setor.

Character.AI

A startup de chatbots enfrentou acusações graves, incluindo casos de interação prejudicial com menores. Esse exemplo ressalta os riscos de ferramentas de IA mal regulamentadas.

Golpistas de criptomoedas

Esquemas de fraude baseados em criptomoedas cresceram globalmente, empregando até trabalhadores escravizados para aplicar golpes. A expansão dessa indústria ilícita é alarmante e mostra o lado sombrio das finanças digitais.


O que esperar de 2025?

O ano de 2024 foi marcado por instabilidade e perigos no ambiente digital. Esses agentes demonstraram o quanto a internet ainda é vulnerável e destacam a necessidade urgente de regulamentações e estratégias de contenção.

X / Twitter alega ser proprietário de todas as contas presentes em sua plataforma

A rede social X / Twitter está no centro de uma controvérsia jurídica após alegar, em uma ação judicial, ser a “dona única” de todas as contas na plataforma. O caso envolve a venda do Infowars, um veículo de extrema-direita associado a teorias da conspiração, que incluiria a transferência de contas da rede social para novos proprietários.

A declaração de propriedade das contas pelo X causou surpresa, pois a plataforma raramente intervém em negociações externas que envolvem a transferência de perfis de redes sociais durante mudanças de controle corporativo. Contudo, o caso ganhou relevância devido ao alinhamento político entre Elon Musk, proprietário da plataforma, e Alex Jones, fundador do Infowars. A rede social agora se recusa a transferir o controle das contas para os novos donos.

Contexto legal e argumentos

Segundo documentos obtidos pelo site 404 Media, os advogados do X argumentam que transferir as contas prejudicaria a “propriedade legítima” da empresa sobre os perfis, considerados “propriedade licenciada” de usuários. Eles citam os termos de serviço da plataforma, nos quais os usuários concordam, ao se cadastrar, que não são donos dos perfis.

Um precedente citado pela defesa refere-se a uma empresa farmacêutica que, mesmo em processo de falência, não precisou transferir uma conta usada para divulgar novidades da marca.

A venda do Infowars

O Infowars, popular na década passada por espalhar teorias conspiratórias e incitar ódio, foi liquidado após Alex Jones declarar falência. Jones foi condenado a pagar mais de US$ 1,5 bilhão por danos morais em um processo movido por pais de vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook, que ele alegou ser uma encenação com “atores contratados”.

Agora, o The Onion, um site satírico conhecido por criticar o conservadorismo, está tentando adquirir o conglomerado de mídia em leilão. Contudo, a resistência do X à transferência das contas do Infowars para novos donos trouxe à tona a controvérsia sobre a gestão e propriedade de perfis na plataforma.

Relação entre Musk e Jones

Desde que comprou o X em 2022, Elon Musk reverteu o banimento de Alex Jones na plataforma e frequentemente interage com ele. A relação próxima entre ambos levanta questionamentos sobre o papel das inclinações políticas de Musk na decisão de bloquear a transferência das contas.

Stephen King reaparece no X/Twitter após rumores sobre a suspensão de sua conta

Nos últimos dias, circularam rumores de que Stephen King teria sido banido da plataforma X (antigamente conhecida como Twitter) após fazer uma piada chamando Elon Musk de “primeira-dama de Donald Trump”. A conta do escritor de terror, no entanto, continuou ativa, e nenhuma publicação com esse teor foi encontrada em seu perfil.

Embora King seja conhecido por criticar Musk frequentemente, incluindo sua associação com Trump, o próprio autor esclareceu a situação. Na última quarta-feira, ele usou o X para desmentir os rumores:

https://twitter.com/stephenking/status/1856680285787582625

“Ouvi dizer que há um boato de que eu chamei o Musk de nova primeira-dama de Trump. Não o fiz, mas apenas porque não pensei nisso”, escreveu King. “Também há um boato de que o Muskie me expulsou do Twitter. No entanto, aqui estou eu.”

Com isso, fica claro que King não foi banido e que ele não pretende moderar suas críticas a Musk tão cedo.

Segundo CCDH, algoritmo do X/Twitter favoreceu Donald Trump nas eleições estadunidenses

Durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, a plataforma X, de Elon Musk (anteriormente conhecida como Twitter), alcançou um “recorde de utilização”. Em paralelo a isso, um estudo do Center for Countering Digital Hate (CCDH) aponta que o proprietário da rede social pode ter manipulado o algoritmo para favorecer publicações pró-Trump.

Musk, política e o X nas eleições americanas

Elon Musk, um conhecido apoiador de Donald Trump, expressou publicamente sua satisfação com a vitória do republicano, incluindo o compartilhamento de uma imagem gerada por IA onde ele “carrega” um lavatório para a Casa Branca com a legenda: “Let that sink in”, uma referência à sua aquisição do X em 2022.

Enquanto Musk celebrava o “recorde de utilização” da plataforma, estudos mostraram que várias de suas publicações continham informações falsas ou enganosas sobre as eleições. Segundo o CCDH, pelo menos 87 dessas postagens, identificadas por verificadores de fatos como enganosas, somaram 1,7 bilhões de visualizações. Em comparação, elas geraram o dobro de engajamento de todos os anúncios políticos combinados na plataforma, o que equivaleria a cerca de 24 milhões de dólares investidos em anúncios pagos.

Uma das alegações falsas mais vistas envolvia estados decisivos e a suposta “importação de eleitores”, alcançando 21 milhões de visualizações.

Manipulação do algoritmo e aumento de engajamento

O estudo do CCDH também destaca mudanças significativas no engajamento da conta de Musk desde julho de 2024. As visualizações de suas publicações aumentaram 138%, os retweets cresceram 238% e os “likes” subiram 186%, números muito superiores aos de outras contas políticas de destaque na rede.

Além disso, o relatório sugere que o algoritmo do X foi ajustado para amplificar desproporcionalmente publicações de Musk, frequentemente favoráveis a Trump e críticas à candidata democrata Kamala Harris. Essa manipulação teria contribuído para aumentar a visibilidade do conteúdo pró-Trump em detrimento de mensagens concorrentes.

As ações de Musk, segundo os pesquisadores, “torpedearam a fantasia de que redes sociais como o X são neutras”. Anteriormente, o bilionário já havia mobilizado uma equipe para aumentar o alcance de suas publicações, como revelado pelo The Verge.

Eleição de Trump deve afetar o mercado de inteligência artificial

Na manhã de quarta-feira, Donald Trump foi declarado vencedor da eleição presidencial dos EUA, preparando o cenário para mudanças significativas na política federal de IA ao assumir o cargo no próximo ano.

Entre suas intenções está a desarticulação imediata da ordem executiva sobre IA estabelecida por Biden em outubro de 2023. Biden criou uma supervisão abrangente do desenvolvimento de IA, incluindo a criação do Instituto de Segurança de IA dos EUA (AISI). Ela exige que empresas apresentem relatórios sobre metodologias de treinamento e medidas de segurança, incluindo dados de testes de vulnerabilidade. Além disso, a ordem atual orienta o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio a desenvolver diretrizes para ajudar as empresas a identificar e corrigir falhas em seus modelos de IA .

Apoiadores de Trump, como a deputada Nancy Mace e o senador Ted Cruz, têm criticado essas medidas. Em março, Mace alertou que os requisitos de relatórios podem desestimular a inovação e impedir desenvolvimentos como o ChatGPT. Cruz caracterizou os padrões de segurança de IA do NIST como uma tentativa de “controle por normas progressistas” .

Impacto Comercial e Outros Efeitos

As propostas de Trump incluem uma tarifa de 10% sobre todas as importações dos EUA e uma tarifa de 60% sobre produtos chineses, o que poderia dificultar o acesso da indústria de IA a tecnologias essenciais, especialmente GPUs, fundamentais para treinamento e execução de seu trabalho. Também é possível que Trump intensifique o controle de exportações de chips e modelos de IA para a China .

Outras propostas de Trump incluem a restrição a vistos H-1B e a expansão do desenvolvimento de petróleo e gás, medidas que se aplicadas poderiam impactar a capacidade de empresas de IA de recrutar talentos e acessar recursos computacionais .

Caso Trump realmente remova a regulamentação federal de IA, os governos estaduais estadunidenses poderão preencher essas lacunas regulatórias, como é comum nos Estados Unidos. Por exemplo, Tennessee, Colorado e Califórnia já adotaram medidas para regular IA, incluindo proteção contra clonagem de voz e regulamentações contra deepfakes, mostrando que os estados podem adotar políticas próprias caso a regulamentação federal seja desfeita. Em efeito cascata, países pelo mundo que também são impactados pelas tecnologias estadunidenses enfrentariam a necessidade de implementarem leis que ofereçam o mínimo de proteção às pessoas, o que poderia levar tempo e gerar um status de insegurança em primeiro momento.

Por fim, as fronteiras nem sempre precisas entre o pessoal e o institucional, marca do primeiro governo Trump, poderiam gerar desequilíbrio de mercado, com empresas gerenciadas por seus apoiadores conseguindo mais livre acesso ao lobby presidencial em busca de condições exclusivas de atuação. Elon Musk, que apoiou Trump na eleição, por exemplo, tem projetos na área de IA e tem perdido espaço de mercado, podendo agora utilizar de suas relações para recuperar terreno.

Tesla registra crescimento no mercado financeiro

Na última quinta-feira (24), a montadora Tesla anunciou resultados financeiros muito positivos, com suas ações atingindo um aumento expressivo de 22% durante o pico das negociações de ontem.

Este resultado representa o maior valor de mercado da empresa nos últimos onze anos. O relatório fiscal que impulsionou essa valorização foi revelado pelo CEO, Elon Musk.

Desempenho Financeiro

Segundo Musk, a Tesla encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro de US$ 25,18 bilhões (aproximadamente R$ 143,2 bilhões na cotação atual), refletindo um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O aumento na receita foi impulsionado, principalmente, pela venda de créditos de carbono e pelas assinaturas do serviço Full Self Driving (FSD), que oferece autonomia parcial.

De acordo com o CEO, a previsão é de que as vendas de veículos aumentem entre 20% e 30% no próximo ano, devido ao “avanço da autonomia” e à “redução nos custos de produção”.

Alta de ações da Tesla nesta semana (print de Google Finanças)

Desafios e Expectativas

A performance otimista da Tesla surpreende, considerando que a montadora enfrentou dificuldades financeiras no início do ano. Em abril, a empresa estava em crise e demitiu um grande número de funcionários como parte de sua estratégia para cortar custos.

Além disso, a Tesla continua respondendo a investigações nos Estados Unidos relacionadas a possíveis responsabilidades em acidentes envolvendo seu sistema de pilotagem automática.

Outro ponto de preocupação é a falta de clareza sobre os planos futuros da montadora. Projetos como o táxi autônomo Cybercab e os robôs humanoides Optimus ainda não têm detalhes suficientes, e a promessa de que todos os modelos lançados seriam totalmente autônomos em algum momento não foi cumprida.

Por outro lado, a Tesla mantém um bom desempenho com as encomendas da picape elétrica Cybertruck e tem gerado entusiasmo no mercado financeiro ao apresentar novidades sobre seus futuros projetos envolvendo táxis e ônibus.

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