CES 2025 começará em Las Vegas com foco em inovação e tendências tecnológicas

A CES (Consumer Electronics Show), a maior feira de tecnologia do mundo, começou nesta terça-feira (7/01) em Las Vegas e durará até o dia 10, organizada pela Consumer Technology Association (CTA). Desde 1967, o evento reúne empresas e líderes da indústria para apresentar inovações que moldam o futuro da tecnologia e definem tendências globais. Este ano, mais de 4.500 empresas estão presentes, mostrando desde dispositivos voltados para consumidores até soluções corporativas de ponta.

Entre os destaques da feira, a inteligência artificial aparece como um dos focos principais. São apresentadas inovações que integram a IA ao cotidiano, como assistentes virtuais mais inteligentes e sistemas de automação residencial, trazendo conveniência e eficiência para as tarefas diárias. Outro setor em evidência é o automotivo, com uma forte presença de carros conectados, veículos elétricos e tecnologias de condução autônoma, refletindo o futuro da mobilidade.

As telas de última geração também ganham espaço, com novidades em displays flexíveis e resoluções impressionantes, que prometem redefinir os padrões de qualidade visual. A sustentabilidade ocupa uma posição central, com produtos que visam reduzir o impacto ambiental, incluindo materiais de construção inovadores capazes de absorver CO2. No campo da saúde, a tecnologia é apresentada como uma aliada indispensável, com soluções de inteligência artificial para diagnósticos médicos e avanços na telemedicina, evidenciando o potencial de melhorar o bem-estar e salvar vidas.

A CES continua sendo um termômetro para o mercado, antecipando movimentos que influenciam a forma como vivemos e trabalhamos. Mais do que um evento, é uma vitrine global de inovações que têm o potencial de transformar nosso futuro.

Apple Fitness Plus ganha nova integração com o Strava

O Apple Fitness Plus recebeu uma atualização significativa em sua integração com o Strava, uma das plataformas mais populares entre entusiastas do fitness. A parceria promete aprimorar a experiência dos usuários, oferecendo resumos detalhados de treinos, a presença de atletas do Strava no conteúdo do Fitness Plus e um teste gratuito de três meses para assinantes do Strava.

Novidades na integração

A partir de hoje, os usuários poderão visualizar informações detalhadas sobre treinos do Fitness Plus diretamente no Strava, incluindo:

  • Miniaturas dos treinos.
  • Informações como número do episódio, gênero musical, treinador, métricas e conquistas.

Essas melhorias alinham o Fitness Plus a outras integrações do Strava, como Peloton e Ladder, proporcionando uma experiência mais consistente.

Reciprocidade entre as plataformas

A integração funciona em ambos os sentidos:

  • Teste gratuito: assinantes do Strava nos EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália ganham um teste gratuito de três meses do Fitness Plus, mesmo sem um Apple Watch (é necessário ter iPhone, iPad ou Apple TV).
  • Atletas convidados: atletas populares do Strava, como Hellah Sidibe e Kayla Jeter, aparecerão em treinos do Fitness Plus, como aulas de força e corrida em esteira.

Motivação para a parceria

Jay Blahnik, vice-presidente de tecnologias fitness da Apple, destacou a admiração pela comunidade criada pelo Strava ao longo dos anos. A parceria visa alcançar atletas experientes, oferecendo o Fitness Plus como um recurso complementar para treinamento cruzado e diversificação de atividades.

Zipporah Allen, diretora de negócios do Strava, acrescentou que a colaboração também busca atender iniciantes, ajudando-os a evitar lesões com treinos de yoga e força.

Perspectivas futuras

Blahnik e Allen indicaram que a parceria poderá se expandir no futuro, com novos recursos e integrações mais profundas. Embora não tenham fornecido detalhes, há a possibilidade de funcionalidades como acessar treinos feitos por amigos do Strava diretamente pelo Fitness Plus.

Impacto no curto prazo

A parceria beneficia ambas as empresas:

  • Para o Strava: uma forma de apaziguar usuários insatisfeitos com mudanças recentes em sua API.
  • Para o Fitness Plus: um acesso facilitado a atletas de longo prazo e motivados, ampliando sua base de usuários.

Com essa colaboração, Apple e Strava mostram um esforço conjunto para fortalecer suas comunidades e oferecer novas possibilidades para atletas de todos os níveis.

Inteligência Artificial identifica mais de 70 mil novos vírus de RNA

Um grupo internacional de pesquisadores utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA) para descobrir mais de 70 mil vírus de RNA até então desconhecidos pela ciência. A descoberta foi feita por meio da metagenômica, uma técnica que permite analisar o material genético de amostras ambientais sem a necessidade de isolar ou cultivar os vírus em laboratório.

A vastidão desconhecida dos vírus de RNA

Os vírus de RNA são microrganismos amplamente distribuídos que infectam animais, plantas e até bactérias. No entanto, apenas uma pequena fração deles é conhecida pela ciência. A caracterização desses organismos é essencial, já que alguns vírus podem causar doenças graves em seres humanos. Apesar de esforços anteriores, os métodos tradicionais enfrentam dificuldades para identificar novos vírus devido à alta taxa de evolução desses microrganismos.

Um dos desafios comuns na identificação de vírus de RNA é localizar a seção do genoma que codifica a RNA polimerase dependente de RNA (RdRp), uma proteína crucial para a replicação viral. Sequências muito diferentes das já conhecidas dificultam o reconhecimento por métodos convencionais.

Inteligência Artificial para decifrar o genoma viral

A equipe de pesquisadores adotou uma abordagem inovadora, usando inteligência artificial para superar as limitações existentes. Em um estudo publicado na revista Cell, eles desenvolveram um modelo chamado LucaProt, que combina técnicas avançadas de predição de proteínas com análises genômicas. A ferramenta utilizou o ESMFold, uma tecnologia de predição de estruturas proteicas desenvolvida pela Meta, e incorporou princípios da arquitetura usada em sistemas como o ChatGPT.

O modelo foi treinado para reconhecer as enzimas RdRp em grandes bancos de dados genômicos públicos. Essa abordagem permitiu identificar cerca de 160 mil vírus de RNA, dos quais quase metade nunca havia sido descrita antes.

Implicações e próximos passos

Embora os pesquisadores tenham conseguido identificar uma quantidade impressionante de novos vírus, ainda não foi possível determinar os hospedeiros dessas partículas virais. Uma área de particular interesse é investigar se algum desses vírus infecta arqueias, um domínio da vida para o qual ainda não há vírus de RNA claramente identificados como infectantes.

Esse avanço representa um passo importante na exploração do universo viral e reforça o papel das tecnologias de IA na biologia moderna. No entanto, os cientistas alertam que mais estudos são necessários para compreender o impacto potencial desses novos vírus, incluindo riscos para a saúde humana e animal.

A descoberta destaca como a combinação de big data, IA e biologia molecular pode abrir novas fronteiras na ciência, ajudando a mapear melhor a diversidade biológica e a enfrentar desafios globais de saúde pública.

Death Clock: aplicativo de IA prevê data de falecimento e possíveis causas

A tecnologia de inteligência artificial pode ter seus críticos, mas não se pode negar que ela está sendo usada de formas criativas, como prever o fim da nossa vida. O Death Clock, um aplicativo desenvolvido por Brent Franson, criador do rastreador de hábitos Most Days, promete analisar dados de saúde e comportamento para estimar a data da sua morte e a causa mais provável.

Como funciona o Death Clock?

O site do Death Clock descreve sua função: “A IA do Death Clock analisa suas escolhas de vida para determinar quando você morrerá e como melhorar seus hábitos para viver ainda mais.” A previsão inicial é gratuita, mas, para descobrir como prolongar sua vida, é necessário assinar o plano anual de US$ 79,98.

O processo é simples: os usuários respondem a uma série de perguntas relacionadas à saúde, idade, estilo de vida e hábitos alimentares. Com base nas respostas, o aplicativo apresenta uma data específica de falecimento e as condições de saúde que podem ser responsáveis.

O quão confiável é a previsão?

Embora o Death Clock afirme usar estatísticas de mais de 1.200 estudos, incluindo pesquisas de Stanford, Berkeley e UCLA, algumas lacunas no questionário levantam dúvidas sobre sua precisão. Por exemplo, não foram feitas perguntas detalhadas sobre histórico familiar de saúde, hábitos de transporte ou hobbies arriscados, fatores que certamente impactam a expectativa de vida. Os dados estatísticos, por sua vez, estão bastante baseados em dados da população estadunidense, o que tende a diminuir as chances de acerto em outras geografias.

Mais do que um presságio, uma ferramenta de saúde

Apesar do tom sombrio, o aplicativo parece funcionar mais como um incentivo para a melhoria de hábitos do que como uma predição infalível. Com a versão paga, o usuário recebe orientações sobre como ajustar aspectos do estilo de vida para potencialmente viver mais e com mais saúde.

O Death Clock pode ser visto menos como um prenúncio de morte e mais como uma ferramenta de autocuidado. Afinal, aproveitar ao máximo o tempo que temos é sempre uma boa ideia.

Para saber mais, visite o site oficial do Death Clock.

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