Meta é acusada de usar livros pirateados para treinar IA com aval de Mark Zuckerberg

Um grupo de autores, incluindo o escritor Ta-Nehisi Coates e a comediante Sarah Silverman, entrou com um processo contra a Meta, alegando que o CEO Mark Zuckerberg autorizou o uso de obras protegidas por direitos autorais para treinar modelos de inteligência artificial da empresa. A ação, registrada na Califórnia e tornada pública nesta quarta-feira (10), acusa a Meta de utilizar o LibGen, um repositório russo conhecido por hospedar livros pirateados, no treinamento do Llama AI.

De acordo com documentos judiciais, a Meta admitiu ter removido “todos os parágrafos de direitos autorais do início e do fim” de artigos científicos, uma prática que, segundo a denúncia, foi adotada para ocultar o uso de materiais protegidos. A empresa temia que a divulgação dessas práticas prejudicasse suas negociações com órgãos reguladores. Em um dos trechos do processo, destaca-se a preocupação interna: “Cobertura da mídia sugerindo que utilizamos um banco de dados que sabemos ser pirateado, como o LibGen, pode enfraquecer nossa posição de negociação com reguladores.”

A revelação surge em meio à expansão da Meta no campo da inteligência artificial, com a integração crescente do Llama AI em seus aplicativos e serviços. Recentemente, Zuckerberg também anunciou mudanças polêmicas nas políticas da empresa, como a substituição de verificadores de fatos por Community Notes, o afrouxamento de restrições contra discursos discriminatórios e o aumento da veiculação de conteúdos políticos no Instagram e no Threads.

Essas acusações aumentam a pressão sobre a Meta, que já enfrenta críticas sobre práticas éticas e o uso de dados em suas tecnologias. O caso reacende o debate sobre os limites legais e morais no desenvolvimento de inteligência artificial, especialmente no uso de conteúdo protegido por direitos autorais.

Meta enfrenta problemas técnicos em seus principais serviços: Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp

Na última quarta-feira à noite, os serviços do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, todos pertencentes à Meta, enfrentaram instabilidades que afetaram a conectividade de diversos usuários. A empresa informou que a causa foi um “problema técnico” e garantiu estar trabalhando para solucionar o incidente rapidamente.

De acordo com o site Downdetector, que monitora falhas em aplicações e sites populares, houve um pico de relatórios de interrupções por volta das 19h00 (hora da Europa Central), equivalente às 18h00 em Portugal Continental. As queixas abrangeram dificuldades para acessar os serviços, enviar mensagens e atualizar feeds.

Meta trabalha para normalizar os serviços

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, utilizou a rede social X para comunicar aos usuários que estava ciente do problema e tomando medidas para “normalizar as coisas o mais rapidamente possível”. Apesar dos esforços, os relatos de falhas só começaram a diminuir gradualmente poucas horas depois.

Embora a situação tenha se estabilizado conforme relato da própria companhia, o Downdetector registrou um pequeno aumento nas queixas cerca de uma hora após a aparente normalização, sugerindo que nem todos os problemas haviam sido completamente resolvidos naquele primeiro momento.

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