OpenAI desativa equipe de Preparação para AGI em meio à saída de líderes

OpenAI dissolveu sua equipe de AGI Readiness, responsável por preparar a organização para uma possível Inteligência Artificial Geral (AGI), indicando mais um ajuste nas operações.

Miles Brundage, um conselheiro sênior na equipe, anunciou sua saída em uma publicação no Substack, revelando seu desejo de explorar o desenvolvimento de IA fora da indústria e de atuar de forma mais independente.

“Decidi que quero impactar o desenvolvimento da IA de fora, e não de dentro,” escreveu Brundage, destacando que OpenAI e outras grandes empresas não estão prontas para a AGI. Esse sentimento, segundo ele, é compartilhado por outros membros da liderança sênior da OpenAI.

Com a dissolução da equipe, os antigos integrantes que permanecerem na companhia serão realocados para outras divisões.

Êxodo de Lideranças da OpenAI

Nos últimos meses, a OpenAI enfrentou uma série de saídas que desestabilizam sua capacidade de supervisão e alinhamento em direção à Inteligência Artificial Geral (AGI).

Antes da criação da equipe de AGI Readiness, a principal divisão de segurança era a equipe “Superalignment”, co-liderada pelos cofundadores Ilya Sutskever e Jan Leike. No entanto, essa equipe foi dissolvida após a saída de Leike, que deixou a empresa em maio devido a discordâncias com a gestão.

Sutskever, por sua vez, partiu no mês seguinte, lançando sua própria empresa de IA, já avaliada em cerca de US$ 5 bilhões. As saídas começaram com o cofundador Andrej Karpathy, que fundou sua própria startup em fevereiro, e continuaram com John Schulman, que em agosto se juntou à concorrente Anthropic. Além disso, Mira Murati, ex-diretora de tecnologia, está atualmente em busca de recursos para iniciar sua própria empresa de IA.

Essas baixas na liderança acontecem em um momento crítico, em que a OpenAI busca avançar rumo à AGI, intensificando as incertezas sobre sua trajetória no setor de inteligência artificial.

Android 16 pode trazer notificações interativas e persistentes ao estilo iOS

O Android 16 pode estrear um recurso chamado “Notificações Ricas e Persistentes” (“Rich Ongoing Notifications”), que permitirá que desenvolvedores adicionem notificações interativas e contínuas na barra de status. Segundo Mishaal Rahman, especialista em análise de código e colaborador da Android Authority, essa novidade foi identificada em uma análise do código beta do Android 15. A informação é do The Verge.

Atualmente, as notificações permitem uma personalização limitada, mas o novo recurso possibilitaria ícones em formato de “pílula” na barra de status, com cores e textos personalizados. Isso poderia ser ideal para atualizações em tempo real, como uma notificação com a previsão de chegada de um Uber ou o tempo restante de uma corrida. Funcionalidades semelhantes já existem desde o Android 12, como o temporizador de chamadas em andamento.

“Notificação Rica e Persistentes” do aplicativo Uber em tela no contexto Android 16

Essa inovação lembra o recurso Live Activities do iOS, que exibe dados como placares de jogos, contagens regressivas e estimativas de entrega diretamente na tela de bloqueio. Nos modelos do iPhone 14 Pro em diante, essas informações aparecem em destaque no Dynamic Island, facilitando o acesso a atualizações importantes enquanto o usuário realiza outras tarefas.

Se implementado no Android 16, esse sistema de notificações poderá melhorar a experiência do usuário ao oferecer informações rápidas e úteis, sem a necessidade de abrir apps a todo momento. Além disso, abre novas possibilidades para os desenvolvedores criarem interações mais dinâmicas e práticas para o dia a dia dos usuários Android.

“Teoria do Contraste” no TikTok: um filtro alimentando inseguranças e estereótipos

“Você não é feia; só não está usando a maquiagem de acordo com o contraste do seu rosto”. Assim começa um dos mais de 52 mil vídeos no TikTok de mulheres usando o filtro “Qual é o seu contraste?”. A nova tendência entre filtros de beleza explora inseguranças femininas para vender produtos, incentivando usuárias a classificarem seus rostos conforme o contraste entre suas características.

O filtro transforma a imagem para preto e branco, categorizando os rostos em contrastes alto, médio e baixo. O padrão de comparação, no entanto, é baseado em ideais eurocêntricos, limitando as opções de tom de pele a claro, médio e escuro. De acordo com o filtro, quanto mais escuros os traços em relação à pele, maior o contraste. Cada nível de contraste recomenda um estilo específico de maquiagem: baixo contraste pede looks mais sutis, enquanto alto contraste incentiva maquiagens mais ousadas.

Em um vídeo com mais de cinco milhões de visualizações, a criadora do filtro, @alieenor, uma maquiadora francesa, explica que se vê em uma “missão de ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes”. Ela sugere que a “teoria do contraste” é uma ferramenta para se libertar das inseguranças e finalmente se sentir bonita. No entanto, essa lógica acaba confundindo autoestima com aparência e reforçando padrões de beleza eurocêntricos.

Para @alieenor, entender o contraste é essencial para qualquer mulher: “Se você é do alto contraste, precisa adicionar alguma intensidade para equilibrar o rosto. Caso contrário, você vai entender por que está com uma aparência apagada”. Ela diz que a teoria do contraste a ajudou a entender: “Não é que eu não seja bonita; é que essa maquiagem não é para mim”.

O apelo do filtro talvez esteja na ideia de que a beleza pode ser alcançada com “pequenos truques” para compensar inseguranças, o que tem um impacto particularmente perigoso para meninas adolescentes. Em 2021, um relatório do CDC indicou que uma em cada cinco adolescentes se sentia persistentemente triste e desanimada, um aumento de 21% em relação a 2011. Neste contexto, teorias como essa podem fazer parecer que o autocuidado depende da aprovação de padrões de beleza.

Apesar de sua popularidade, a teoria do contraste enfrenta críticas significativas. Criadores como Monika Ravinchandran questionam sua validade, especialmente para pessoas com tons de pele mais escuros. Em um vídeo, Ravinchandran prova que a teoria não se aplica bem a pele escura e argumenta que classificar tons mais escuros como de “baixo contraste” desconsidera estilos de maquiagem típicos para mulheres negras e indianas.

No longo histórico de tendências de beleza no TikTok, a teoria do contraste é apenas mais uma na linha de filtros como análise de cores e filtros de proporção facial perfeita. Talvez seja hora de algo como a neutralidade corporal ganhar destaque, embora seja difícil imaginar que um filtro mais generoso com as individualidades possa prosperar, já que ele não estaria promovendo vendas de produtos ou comissões para influenciadores.

Amazon corrige valor declarado de despesas de lobby na UE para 5 milhões

A Amazon, empresa tecnológica norte-americana, ajustou sua despesa anual declarada com atividades de lobby na União Europeia no último ano, após queixas apresentadas por organizações não governamentais (ONGs). Segundo o site Euro News, o valor corrigido subiu para 5 milhões de euros, comparado aos 2,75 milhões de euros anteriormente declarados no Registro de Transparência.

Queixas e ajustes

A mudança ocorreu após reclamações do Corporate Europe Observatory, do Centro de Investigação sobre Empresas Multinacionais (SOMO) e do LobbyControl em dezembro passado. Essas organizações alegaram que a Amazon vinha subestimando suas despesas de lobby por anos. A alteração foi confirmada em uma carta do secretariado do registro, à qual a Euronews teve acesso.

A gigante tecnológica também foi convidada a revelar sua relação com os grupos de reflexão Centre for European Policy Studies (CEPS) e Center for European Reform (CER), informação que não havia sido fornecida anteriormente. Além disso, as empresas de consultoria Telage e Leading Edge incluíram a Amazon Europe em suas listas de clientes após o ajuste.

Interações com o Registro de Transparência

O secretariado do Registro de Transparência notificou a Amazon sobre a queixa em dezembro de 2023 e teve várias comunicações com a empresa para esclarecer o papel e as atividades de seus intermediários e grupos de reflexão relacionados, conforme indicado na carta.

O orçamento para lobby coloca a Amazon entre os cinco maiores gastadores de Big Tech na Europa, de acordo com dados do Lobby Facts. A Meta continua liderando a lista com um orçamento de 9 milhões de euros, seguida pela Microsoft com 7 milhões de euros, Apple com 6,5 milhões de euros e Google com 6 milhões de euros.

Proibição no Parlamento Europeu

Em fevereiro, 14 lobistas da Amazon foram proibidos de entrar no Parlamento Europeu, em decorrência de um apelo da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais (EMPL). Isso aconteceu após a empresa não ter comparecido a uma série de audiências e visitas a fábricas em 2021 e 2023.

Os políticos desejavam manter discussões e realizar visitas com o gigante da tecnologia após reportagens sugerirem a possível monitorização dos trabalhadores da Amazon, além de outras práticas comerciais e de local de trabalho. Na ocasião, a Amazon expressou sua “grande decepção” com a decisão e se mostrou disponível para dialogar com os legisladores.

Um grupo de sindicatos subsequentemente pediu ao Parlamento que impusesse uma proibição a todas as empresas de consultoria e grupos de pressão associados à Amazon, visando “dar um efeito real” à decisão. A proibição de entrada para representantes da Amazon permanece em vigor, e o pedido dos sindicatos ainda não foi analisado pela comissão parlamentar de emprego.

Apple oferece recompensas de até US$ 1 milhão a quem encontrar vulnerabilidades no Private Cloud Compute

A Apple está prestes a lançar um sistema inovador em nuvem, denominado Private Cloud Compute, desenvolvido especialmente para o processamento privado de inteligência artificial. Este novo sistema promete transformar o uso da IA, garantindo a privacidade dos clientes.

Testes de segurança

Antes do lançamento oficial, a empresa está realizando testes de segurança para a novidade. Para incentivar a identificação de vulnerabilidades, a gigante da tecnologia anunciou recompensas de até US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,6 milhões) para aqueles que conseguirem encontrar falhas que possam comprometer a segurança do sistema.

As recompensas foram detalhadas em um post no blog de segurança da Apple. Na publicação, a empresa menciona que pagará a quantia milionária a quem conseguir executar códigos maliciosos em seus servidores do Private Cloud Compute.

Recompensas adicionais

Além disso, a Apple informou que concederá até US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) para pesquisadores que conseguirem extrair informações confidenciais dos usuários ou os prompts enviados pelos clientes para a nuvem privada da empresa.

A companhia também afirmou que “consideraria qualquer problema de segurança que tivesse um impacto significativo” fora das categorias publicadas, podendo oferecer até US$ 150 mil (aproximadamente R$ 850 mil) a pesquisadores que obtiverem acesso a informações confidenciais do usuário a partir de uma posição privilegiada na rede.

Empresa chinesa inicia venda de ingressos para voo espacial suborbital

Na última quinta-feira (24), uma empresa chinesa deu início à venda de dois bilhetes para um voo espacial suborbital programado para 2027.

Os ingressos, oferecidos pela Deep Blue Aerospace, têm o preço de 1,5 milhão de yuans cada (cerca de US$ 210 mil ou R$ 1,2 milhão na cotação atual). Durante a viagem, os passageiros poderão desfrutar de cinco minutos em ausência de gravidade.

A Deep Blue Aerospace se destaca como uma das líderes na China no crescente setor espacial comercial. O governo chinês tem incentivado o desenvolvimento dessas empresas para competir com gigantes como a americana SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, que também oferecem voos turísticos suborbitais.

Em 2023, foram realizados 26 lançamentos por empresas comerciais na China, conforme reportado pela mídia oficial. Dentre eles, destaca-se o Zhuque-2, projetado pela LandSpace, que se tornou o primeiro foguete do mundo a orbitar o planeta utilizando motores de metano líquido, uma tecnologia promissora que ajuda a reduzir custos.

Além disso, em maio, a empresa CAS Space anunciou planos para oferecer voos de turismo espacial no país a partir de 2028.

O que é voo suborbital

Um voo suborbital é aquele em que uma nave consegue viajar além da atmosfera terrestre. Esse tipo de voo pode ser comparado ao arremesso de uma bola de basquete em direção à cesta. A cápsula em que os tripulantes estão atinge uma altitude máxima e, em seguida, retorna ao solo em uma trajetória semelhante.

Tesla registra crescimento no mercado financeiro

Na última quinta-feira (24), a montadora Tesla anunciou resultados financeiros muito positivos, com suas ações atingindo um aumento expressivo de 22% durante o pico das negociações de ontem.

Este resultado representa o maior valor de mercado da empresa nos últimos onze anos. O relatório fiscal que impulsionou essa valorização foi revelado pelo CEO, Elon Musk.

Desempenho Financeiro

Segundo Musk, a Tesla encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro de US$ 25,18 bilhões (aproximadamente R$ 143,2 bilhões na cotação atual), refletindo um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O aumento na receita foi impulsionado, principalmente, pela venda de créditos de carbono e pelas assinaturas do serviço Full Self Driving (FSD), que oferece autonomia parcial.

De acordo com o CEO, a previsão é de que as vendas de veículos aumentem entre 20% e 30% no próximo ano, devido ao “avanço da autonomia” e à “redução nos custos de produção”.

Alta de ações da Tesla nesta semana (print de Google Finanças)

Desafios e Expectativas

A performance otimista da Tesla surpreende, considerando que a montadora enfrentou dificuldades financeiras no início do ano. Em abril, a empresa estava em crise e demitiu um grande número de funcionários como parte de sua estratégia para cortar custos.

Além disso, a Tesla continua respondendo a investigações nos Estados Unidos relacionadas a possíveis responsabilidades em acidentes envolvendo seu sistema de pilotagem automática.

Outro ponto de preocupação é a falta de clareza sobre os planos futuros da montadora. Projetos como o táxi autônomo Cybercab e os robôs humanoides Optimus ainda não têm detalhes suficientes, e a promessa de que todos os modelos lançados seriam totalmente autônomos em algum momento não foi cumprida.

Por outro lado, a Tesla mantém um bom desempenho com as encomendas da picape elétrica Cybertruck e tem gerado entusiasmo no mercado financeiro ao apresentar novidades sobre seus futuros projetos envolvendo táxis e ônibus.

Meta AI Chega ao WhatsApp: novas funcionalidades e como desabilitar se você não curtiu

No dia 9, a Meta lançou sua nova inteligência artificial, a Meta AI, no Brasil, disponível em diversas plataformas e, especialmente, no WhatsApp. Essa novidade promete transformar a experiência dos usuários ao oferecer uma série de funcionalidades úteis.

A Meta AI é um concorrente de chatbots conhecidos, como Gemini, ChatGPT e Copilot, e se apresenta como um assistente virtual que opera dentro do aplicativo de mensagens. A proposta é facilitar tarefas cotidianas, permitindo que os usuários realizem pesquisas e outras atividades sem sair do WhatsApp.

Desenvolvida com o modelo de linguagem Llama 3.2, a Meta AI é acessada através de um ícone em azul e roxo, visível na tela inicial do aplicativo, tanto em dispositivos móveis quanto na versão desktop. A atualização é feita de maneira gradual, o que significa que nem todos os usuários poderão acessá-la ao mesmo tempo. Para utilizá-la, basta tocar no ícone e aceitar os termos de uso.

Assim que você iniciar a interação, uma nova janela de chat se abrirá, onde a conversa com o bot ocorrerá. Além disso, é possível chamar a IA usando o comando “@MetaAI” na barra de pesquisa ou em qualquer chat existente.

Quais são as funções da Meta AI?

A nova inteligência artificial do WhatsApp oferece uma variedade de recursos, incluindo:

  • Consultas e pesquisas: Os usuários podem fazer perguntas sobre diversos assuntos, pedir sugestões para viagens, obter dicas de receitas, acompanhar notícias em tempo real e esclarecer conceitos.
  • Edição de textos: O bot possui a capacidade de corrigir erros ortográficos, reescrever textos em diferentes estilos e realizar traduções em múltiplos idiomas. Por exemplo, ao fotografar um cardápio em inglês, o usuário pode solicitar uma tradução para o português.
  • Análise de imagens: A Meta AI pode fornecer cuidados específicos para plantas com base em fotos enviadas, além de modificar imagens ao adicionar ou remover elementos, e até criar novas imagens a partir de descrições textuais.

Como limitar a presença da Meta AI no WhatsApp?

Embora a Meta AI traga uma série de benefícios, alguns usuários podem se sentir desconfortáveis com a presença do bot. Por isso, é importante saber que, embora não seja possível desativá-lo totalmente, existem maneiras de restringir sua visibilidade.

A Meta AI também está disponível em outros aplicativos da empresa, como Facebook, Messenger e Instagram, mas, atualmente, não há opção de remoção completa. Contudo, existem algumas estratégias para gerenciar a presença do bot no WhatsApp:

Opções para restringir a Meta AI:

  • Arquivar ou excluir a conversa: O bate-papo com o bot pode ser tratado como qualquer outro chat. Para fazer isso:
    • Android: Mantenha pressionada a conversa com a IA e toque na seta para arquivá-la ou no ícone da lixeira para excluí-la.
    • iOS: Selecione a conversa e deslize para a esquerda, tocando em “Arquivar” ou escolhendo “Apagar” para eliminar a conversa.
  • Ocultar o ícone da Meta AI: Outra alternativa é desativar a opção “Mostrar botão Meta AI” nas configurações de “Conversas” do WhatsApp. Vale ressaltar que essa opção pode não estar disponível para todos os usuários.
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