RD Station quer inteligência artificial integrada e invisível

A RD Station, reconhecida por suas soluções de automação de marketing, avança em um plano estratégico para tornar a inteligência artificial (IA) central e praticamente imperceptível no uso diário de suas ferramentas. Conforme descrito por Bruno Ghisi, CTO da empresa, em entrevista ao IT Forum, a IA na RD Station é tratada como um meio essencial para viabilizar funcionalidades, sem ser o foco final. “A inteligência artificial é o meio, não o fim,” enfatiza Ghisi.

A evolução da IA na RD Station: o MentorIA

O motor de IA da RD Station, batizado de MentorIA, já desempenha um papel crucial na oferta de produtos da empresa, dividindo-se em três frentes principais:

  1. IA integrada aos produtos: Recursos como geração de conteúdo, automação de atendimento e análise de dados recebem o selo MentorIA, indicando o uso de IA.
  2. Criação de conteúdos otimizados: A IA apoia desde a criação de títulos de posts até roteiros de vídeos, economizando tempo e aumentando a produtividade.
  3. Agentes especializados: Sistemas baseados em IA adaptam-se às necessidades específicas dos clientes e seus setores, oferecendo suporte customizado.

Integração com o WhatsApp e facilidades para os clientes

Um dos destaques da estratégia é a integração com o WhatsApp, ferramenta amplamente usada no Brasil. A funcionalidade permite que vendedores atualizem CRMs, registrem oportunidades de negócios e disparem campanhas diretamente pelo aplicativo, inclusive por comandos de voz. A parceria com a Meta posiciona a RD Station como um diferencial em produtividade, aproveitando a familiaridade dos clientes com a plataforma.

IA como camada invisível no futuro das empresas

Bruno Ghisi acredita que a IA generativa será tão naturalizada no futuro que os usuários não perceberão que estão interagindo com máquinas. A meta da RD Station é expandir a IA para personalizar ainda mais suas ferramentas, tornando-as acessíveis a pequenos empreendedores e grandes corporações. “Estamos caminhando para um cenário onde a inteligência artificial será absorvida pelas operações sem a necessidade de diferenciação,” comenta Ghisi.

Investimento em infraestrutura e e-commerce

A infraestrutura da RD Station já suporta mais de 500 milhões de contatos, mas há um esforço contínuo para torná-la mais escalável e ágil. A recente expansão para o e-commerce reflete a aposta em soluções para pequenos lojistas e grandes varejistas, otimizando campanhas e gerenciando atendimentos de forma eficiente.

Outro foco é a criação de fluxos de trabalho multicanais que entreguem a mensagem certa, no momento ideal e pelo canal adequado. Essa abordagem busca integrar ainda mais os processos de comunicação e marketing, ampliando os resultados dos clientes.

Compromisso com a acessibilidade tecnológica

O CTO ressalta que o objetivo da RD Station é facilitar o crescimento das empresas, eliminando a necessidade de domínio técnico profundo por parte dos usuários. “Nosso foco está em ajudar empresas de todos os portes a crescerem, com a IA como uma aliada que, com o tempo, se tornará tão natural quanto enviar um e-mail ou fazer uma ligação,” conclui Ghisi.

Após gafe em cotação do dólar, Google explica a origem de seus dados cambiais

Na última quarta-feira (6), o Google retirou do ar sua cotação cambial em tempo real após apresentar um erro que mostrava o dólar acima de R$ 6, chegando a registrar o valor de R$ 6,19. A empresa explicou que a alta apresentada, de cerca de 8%, era imprecisa, já que o valor mais alto registrado pela moeda, de fato, foi R$ 5,86, representando um crescimento real de apenas 2%.

Nota oficial do Google sobre a falha

Segundo comunicado oficial enviado a jornalistas, o Google explicou que os dados utilizados na Busca para cotações cambiais são fornecidos por terceiros. Em casos de falhas ou imprecisões, como o ocorrido, o sistema é desativado temporariamente para ajustes. “Os recursos da Busca, como o câmbio de moeda, são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível.”

Recomendações ao público

O Google reforça que as cotações fornecidas são meramente informativas e não devem ser utilizadas para decisões financeiras ou negociações. A empresa recomenda que os usuários consultem seus agentes financeiros ou representantes antes de realizar transações baseadas nas informações apresentadas.

Em sua página oficial sobre o funcionamento de recursos como cotações cambiais, o Google informa que “todos os dados e informações são fornecidos ‘no estado em que se encontram’ somente para fins informativos, e não para fins de negociação ou recomendação sobre investimentos, tributos, questões jurídicas, financeiras nem outros assuntos.”

Declaração sobre responsabilidade

A empresa também destacou que não desempenha o papel de consultor financeiro ou corretor de valores, afirmando: “O Google não é um consultor financeiro ou de investimentos nem um corretor de valores. Os dados e as informações não constituem orientações sobre investimentos nem uma oferta, recomendação ou solicitação do Google para comprar, vender ou reter títulos ou produtos financeiros.”

Contexto e impacto

Erros como o registrado podem gerar confusões significativas para investidores e usuários que dependem das informações da plataforma para monitorar variações cambiais. No entanto, o Google busca minimizar os impactos ao desativar o serviço até que os dados sejam corrigidos.

Iniciativas Digitais: apenas 48% atendem expectativas, revela Gartner

Menos da metade das iniciativas digitais nas empresas atingem ou superam as metas esperadas, segundo estudo do Gartner. A pesquisa, que ouviu 3.100 CIOs e 1.100 executivos de outras áreas (CxOs) de empresas em 88 países, destaca que apenas 48% dessas iniciativas alcançam os resultados de negócio desejados.

Por outro lado, um seleto grupo chamado de “vanguarda digital” conseguiu uma taxa de sucesso de 71%, atribuindo o desempenho à colaboração estreita entre CIOs e CxOs.

Colaboração Entre CIOs e CxOs: o segredo do sucesso

Segundo Raf Gelders, vice-presidente de pesquisa do Gartner, o sucesso das iniciativas digitais nesse grupo especial se deve à divisão equitativa de responsabilidades. “CIOs e CxOs são igualmente responsáveis e envolvidos na entrega das soluções digitais de que suas empresas necessitam”, afirmou Gelders. Isso representa uma mudança em relação ao modelo tradicional de projetos de TI, que costumava ser liderado majoritariamente por CIOs.

Os CxOs dessas empresas de vanguarda dedicam 35% das equipes de negócios ao trabalho com tecnologia, comparado a 21% nas demais empresas. Além disso, eles realizam reuniões frequentes com os CIOs, até quatro vezes mais do que os CxOs de outras empresas.

Investimentos Focados em 2025

O estudo também destaca as prioridades de investimento dos CIOs para 2025. Mais de 80% planejam aumentar os investimentos em: cibersegurança, inteligência artificial (IA), IA generativa, inteligência de negócios (BI), analytics e integração de APIs.

Entretanto, apenas 16% dos CIOs consideram prioritário formar uma força de trabalho com habilidades tecnológicas em toda a empresa, e apenas 18% afirmam que irão priorizar a liderança compartilhada em tecnologia.

A Perspectiva do Futuro

De acordo com Jaime Capella, vice-presidente e analista do Gartner, o sucesso das iniciativas digitais requer um esforço conjunto entre CIOs e CxOs. “Para ter êxito, os CIOs precisam que seus pares coliderem as iniciativas digitais com eles”, afirmou. Além disso, a pesquisa ressalta a necessidade de tecnologias que possam ser usadas tanto pela TI quanto por outras áreas de negócios, aumentando a colaboração e eficiência nas empresas.

Setores de tecnologia e internet lideram lista de fusões e aquisições no Brasil em 2024

Pesquisa recente da KPMG apontou que, em 2024, os setores de tecnologia da informação (TI) e internet lideraram as operações de fusão e aquisição (M&A) no Brasil, totalizando 355 e 199 negócios, respectivamente. O setor financeiro ficou em terceiro lugar, com 68 transações. No total, foram realizadas 1.196 operações nos primeiros nove meses de 2024, abrangendo 43 setores da economia.

Esse número representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 1.142 transações.

Crescimento impulsionado por fundos de capital de risco

De acordo com Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, o crescimento nas transações de TI foi impulsionado principalmente por fundos de capital de risco e private equity, que participaram de mais de 65% das operações no setor. “Companhias de tecnologia da informação continuaram como o principal setor em número de operações”, destacou Coimbra.

Outros setores em destaque

Além de TI, os setores que mais se destacaram em M&A no Brasil em 2024 incluem:

  • Energia: 51 transações
  • Serviços para empresas: 41
  • Imobiliário: 39
  • Alimentos, bebidas e fumo: 37
  • Telecomunicações e mídia: 29
  • Educação: 24
  • Produtos químicos e farmacêuticos: 23

Distribuição geográfica

As operações envolveram empresas localizadas em 24 estados brasileiros, com destaque para:

  • São Paulo: 609 transações (55,6% do total)
  • Rio de Janeiro: 108 (9,9%)
  • Minas Gerais: 77 (7%)

Das 1.196 operações realizadas, a maioria (766 transações) foi do tipo doméstica, ou seja, entre empresas brasileiras.

Recuperação no volume de transações

Coimbra observou que houve uma recuperação significativa no volume de transações a partir do segundo trimestre de 2024. Apesar das incertezas políticas, como as eleições nos EUA, e das tensões geopolíticas, o sócio da KPMG acredita que a redução gradual das taxas de juros nos Estados Unidos poderá incentivar novos investimentos internacionais no Brasil.

Top 10 tendências tecnológicas e estratégicas para 2025

A Gartner divulgou no final de outubro um levantamento que aponta quais são as principais tendências tecnológicas e estratégicas para 2025.

O relatório anual da Gartner para 2025 destaca as tendências que, segundo o estudo, moldarão o futuro das organizações, oferecendo uma visão abrangente do impacto das inovações no mercado e nas operações empresariais. Dividido em três grandes temas, o report explora como as novas tecnologias podem transformar a maneira como as empresas enfrentam desafios de produtividade, segurança e inovação.

IA e seus desafios éticos e operacionais

A Inteligência Artificial (IA) continuará a ocupar o centro das atenções. O desenvolvimento de agentes autônomos, conhecidos como IA Agente, promete criar uma força de trabalho virtual capaz de planejar e agir de forma independente para atingir metas estabelecidas. Contudo, sua implementação requer diretrizes claras para evitar desvios éticos e operacionais. Paralelamente, as plataformas de governança de IA surgem como ferramentas indispensáveis para garantir o uso responsável da tecnologia, estabelecendo políticas que promovam transparência e confiança.

Outro ponto crucial é a segurança contra desinformação. Tecnologias que detectam e combatem fraudes digitais e narrativas prejudiciais reforçam controles de validação de identidade e protegem marcas em um ambiente cada vez mais vulnerável.

Novas fronteiras da computação

O avanço da computação quântica exige preparativos, e soluções como a criptografia pós-quântica (PQC) estão sendo desenvolvidas para proteger dados contra futuros riscos de decodificação. Além disso, a computação invisível e integrada no ambiente cotidiano, conhecida como inteligência ambiente, oferece experiências mais intuitivas e naturais, enquanto tecnologias voltadas para eficiência energética reduzem o impacto ambiental e melhoram a sustentabilidade das operações.

A computação híbrida, que combina diferentes mecanismos de processamento e armazenamento, também está em destaque. Ela promete acelerar a inovação, permitindo uma personalização em tempo real e possibilitando avanços tanto para negócios autônomos quanto para as capacidades humanas.

Sinergia entre humanos e máquinas

A interação entre o mundo físico e o digital continuará a evoluir. A computação espacial, que combina tecnologias como realidade aumentada e virtual, transformará setores como saúde, varejo e educação, oferecendo experiências imersivas e altamente interativas. Robôs multifuncionais estão ganhando destaque por sua capacidade de realizar diferentes tarefas sem necessidade de infraestrutura adicional, enquanto as tecnologias de aprimoramento neurológico abrem caminho para melhorias cognitivas, educação personalizada e maior segurança no trabalho.

Visão geral

Num geral, as tendências apontam para um mercado focado em inovação responsável, onde a tecnologia busca resolver problemas complexos de forma sustentável e ética. O impacto crescente da IA demonstra uma mudança significativa na maneira como as organizações estão lidando com automação, segurança e governança. A computação híbrida e a eficiência energética refletem a urgência em equilibrar inovação com sustentabilidade, enquanto as ferramentas que promovem a integração entre humanos e máquinas indicam o desejo de criar ambientes mais colaborativos e intuitivos.

O cenário descrito no relatório também reflete o momento de transição em que o mercado se encontra. As empresas estão cada vez mais comprometidas em integrar avanços tecnológicos de maneira que sejam benéficos para as operações internas e para a sociedade como um todo, em um cenário onde essas novas tecnologias ainda necessitam de intensa supervisão humana. Isso exige não apenas investimentos em tecnologia, mas também em governança, habilidades técnicas e estratégias de longo prazo para aproveitar ao máximo essas inovações emergentes.

Nvidia torna-se a empresa mais valiosa do mundo

A Nvidia, líder no segmento de inteligência artificial, voltou a ultrapassar a Apple como a empresa mais valiosa do mundo. O marco ocorreu na última terça-feira (5), quando as ações da fabricante de GPUs subiram mais de 2%, elevando seu valor de mercado para US$ 3,39 trilhões (cerca de R$ 19 trilhões), enquanto a Apple, até então líder do ranking, ostentava US$ 3,36 trilhões.

Nesta sexta-feira (8), a Nvidia consolidou sua liderança, alcançando um valor de mercado de US$ 3,61 trilhões, superando os US$ 3,44 trilhões da Apple, que também cresceu, mas sem conseguir recuperar a ponta.

Histórico de superações em 2024

Este não foi um evento isolado. A Nvidia já havia alcançado o topo em outras ocasiões neste ano:

  • Junho: a Nvidia ultrapassou a Microsoft, ocupando a liderança momentaneamente.
  • Outubro: Nvidia superou a Apple pela primeira vez, mas logo perdeu a posição.

Devido à dinâmica do mercado de ações, é esperado que essas gigantes da tecnologia troquem de posições frequentemente nos próximos meses.

Nvidia: crescimento impulsionado pela IA

O sucesso da Nvidia pode ser atribuído à sua posição dominante em tecnologias de inteligência artificial e ao lançamento de produtos inovadores:

  • Aceleradores de IA para data centers: A empresa se tornou referência nesse mercado em expansão.
  • Geração Blackwell: novos produtos para uso profissional lançados recentemente impulsionaram seus lucros.
  • Placas de vídeo RTX 50: a próxima geração de GPUs domésticas está prevista para o primeiro trimestre de 2025.

Apple mantém relevância

Apesar da crescente liderança da Nvidia, a Apple continua a apresentar resultados impressionantes:

  • Valorização das ações: em 2024, as ações da Apple subiram 17%.
  • Apple Intelligence: o lançamento do pacote de inteligência artificial para iPhones pode trazer grandes benefícios à empresa.

A competição entre as duas gigantes reflete um mercado dinâmico e promissor, onde tanto a Nvidia quanto a Apple continuam a definir os rumos da tecnologia global.

Dono do TikTok torna-se a pessoa mais rica da China

Zhang Yiming, fundador da ByteDance, empresa controladora do TikTok, tornou-se a pessoa mais rica da China, com uma fortuna estimada em US$ 49,3 bilhões (aproximadamente R$ 283 bilhões). Este valor representa um aumento de 43% em relação a 2023, conforme a lista do instituto de pesquisa Hurun.

Aos 41 anos, Zhang deixou o cargo de diretor-executivo da ByteDance em 2021, mas ainda detém cerca de 20% da empresa.

O TikTok tornou-se uma das redes sociais mais populares globalmente, apesar de preocupações em alguns países sobre seus vínculos com o governo chinês.

Antes de Zhang, o título de pessoa mais rica da China pertencia a Zhong Shanshan, presidente da Nongfu Spring, a maior empresa de bebidas do país.

Zhang é o 18º indivíduo a alcançar o topo da lista dos mais ricos da China nos 26 anos de publicação do ranking.

A ascensão de Zhang ocorre em um momento em que a economia chinesa enfrenta desafios, com uma redução no número de bilionários no país. A lista dos mais ricos da China encolheu pelo terceiro ano consecutivo, com uma queda de 12% no número de indivíduos listados no último ano, totalizando pouco menos de 1.100 pessoas.

Zhang Yiming nasceu em Longyan, no sudeste da China, em 1983. Antes de fundar a ByteDance em 2012, trabalhou na Microsoft e no Kuxun, um dos principais sites de busca de viagens e transporte da China, posteriormente adquirido pelo TripAdvisor.

A ByteDance iniciou suas operações com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial que teve grande sucesso na China. Em 2016, a empresa lançou o Douyin, precursor do TikTok, que chegou ao mercado internacional em 2017.

G1

Apesar de pressões internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que planejam banir o TikTok em janeiro de 2025 caso a ByteDance não venda suas operações no país, a empresa continua a expandir sua presença global.

A ascensão de Zhang Yiming ao topo da lista dos mais ricos da China reflete o dinamismo do setor tecnológico chinês e a crescente influência de empresas como a ByteDance no cenário global.

Ainda é impossível calcular o retorno financeiro de muitas ferramentas baseadas em IA, diz SAP

Em evento organizado pela SAP em Buenos Aires na última semana, jornalistas de toda a América Latina se reuniram para discutir as direções da transformação digital na região. A análise conduzida por Ignacio Perrone, diretor de pesquisa da Frost & Sullivan, destacou as tecnologias de nuvem e inteligência artificial (IA) como motores do interesse corporativo, mas que enfrentam desafios práticos, como custo e retorno sobre investimento (ROI).

Sobre os dados em nuvem

  1. Prioridades Corporativas: de acordo com a pesquisa apresentada pela SAP no evento, 77% das empresas na América Latina buscam aprimorar a experiência do cliente, enquanto 75% focam na eficiência operacional e 74% visam o crescimento da receita.
  2. Desafios da Nuvem: embora a promessa de escalabilidade seja atraente, 46% das empresas mencionaram os custos como barreira significativa, levando a um movimento de “repatriação de dados” para servidores próprios. Isso ocorre também nos Estados Unidos, especialmente quando o suporte técnico e o controle sobre dados não atendem às expectativas.
  3. Preocupações com Segurança: cerca de 44% dos entrevistados pela pesquisa expressaram preocupações com a segurança de dados, impulsionadas por regulamentações rigorosas.

Sobre a inteligência artificial

Embora a IA esteja ganhando espaço, com 32% das empresas já implementando a tecnologia e 29% desenvolvendo protótipos, o ROI continua sendo um desafio para 50% das companhias. Muitas implementações de IA, como chatbots, melhoram a experiência do cliente, mas seu impacto no lucro é difícil de quantificar. Como resultado, as empresas têm se concentrado em projetos menores que garantam economia de custos, limitando a inovação.

Perrone comparou essa tendência à trajetória da Internet das Coisas (IoT), que também enfrentou obstáculos de custo e focou em soluções específicas com retorno visível. Na IA, sem garantias financeiras claras, a tecnologia é usada como ferramenta de contenção de despesas em vez de motor de inovação.

Tidal anuncia novas leva de demissões

Tidal, plataforma de streaming de música, confirmou mais demissões nesta semana. Em comunicado à Fortune, um porta-voz da empresa, que preferiu não se identificar, mencionou “a eliminação de algumas funções em equipes de negócios e design.”

Na quarta-feira, a Fortune divulgou um memorando vazado de Jack Dorsey, CEO da Block, empresa-mãe da Tidal, afirmando que a companhia iria “se separar de alguns membros da equipe”. Dorsey explicou que haveria uma redução no tamanho da equipe de design e nas funções de suporte, com a possibilidade de cortes na engenharia nas próximas semanas, conforme houvesse mais clareza sobre a liderança futura.

Fontes informaram à Fortune que cerca de 100 funcionários podem ainda ser afetados, representando aproximadamente um quarto da equipe remanescente. Em dezembro passado, a Tidal já havia cortado 10% de seu quadro, e Dorsey considerou uma grande reorganização na Block em julho.

Este ano, a Tidal unificou seus planos de música de alta fidelidade em uma assinatura de $10,99/mês, reduzindo o preço do plano mais caro. Além disso, o formato FLAC passou a ser padrão para áudio estéreo, e a plataforma adicionou suporte ao Dolby Atmos para uma experiência de som imersiva.

Apple lança Apple Intelligence em meio a crescentes preocupações com o consumo energético da IA

A Apple trouxe a tecnologia de IA diretamente para milhões de usuários com o lançamento do Apple Intelligence, que oferece recursos básicos de geração de texto e edição de imagens para dispositivos iPhone, iPad e Mac. Essa introdução ocorre em um momento em que grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, também estão integrando IA em seus produtos, mas enfrentam críticas por seu consumo de energia e impacto ambiental.

A Corrida da IA e Suas Consequências Energéticas

Desde o lançamento do ChatGPT em 2022 pela OpenAI, que impulsionou o interesse e os investimentos em IA, o consumo de energia dos centros de dados disparou. Estudos estimam que o uso de eletricidade por data centers pode aumentar 160% até o fim da década, impactando as emissões de CO2 e a demanda por água. Por exemplo, uma pesquisa indicou que gerar dois e-mails de 200 palavras com o ChatGPT consome a mesma energia que um carro Tesla Model 3 para percorrer uma milha, além de necessitar de resfriamento intensivo.

O Caso da Apple

Diferente de outras empresas, a Apple afirma que processa algumas funcionalidades do Apple Intelligence diretamente nos dispositivos dos usuários, reduzindo a dependência de centros de dados e, potencialmente, o impacto ambiental. Contudo, faltam detalhes sobre quais operações são realizadas no dispositivo e quais são enviadas para servidores da Apple, o que levanta preocupações sobre a transparência.

A Necessidade de Transparência

Pesquisadores, como Sasha Luccioni, destacam a importância de exigir mais informações e responsabilidade das empresas de tecnologia sobre os impactos ambientais de suas soluções de IA. Enquanto a Apple e outras gigantes da tecnologia continuam a integrar IA em seus produtos, muitos usuários enfrentam um dilema: utilizar a tecnologia sem saber seu real impacto ou tentar evitá-la em um mundo onde a IA está cada vez mais onipresente.

Luccioni conclui: “Não acho que devemos nos sentir culpados, mas sim pedir mais informações e responsabilidade por parte das empresas.”

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