H: a start-up francesa criadora do que Runner H está chamando atenção no mercado de IA

A H, start-up francesa anteriormente conhecida como Holistic, lançou recentemente seu primeiro produto no setor de inteligência artificial, o Runner H, prometendo revolucionar o mercado com uma abordagem inovadora e acessível. A informação é do portal Euro News.

Fundada por veteranos do laboratório de IA DeepMind da Google, a empresa aposta em agentes de IA capazes de automatizar tarefas complexas e oferecer eficiência a empresas e programadores.

O Runner H, o primeiro produto da H, é um agente de inteligência artificial desenvolvido para facilitar processos empresariais. O sistema foca em tarefas como automação de fluxos de trabalho, garantia de qualidade e otimização de operações, oferecendo maior produtividade e simplicidade. Segundo o CEO Charles Kantor, o objetivo do produto é “permitir que as pessoas aproveitem a IA como nunca antes”. Apesar de ainda estar em fase de testes, o produto já atrai atenção pelo seu potencial no mercado.

Equipe fundadora e operações da H

A H foi fundada no final de 2023 por Charles Kantor, pesquisador da Universidade de Stanford, e Laurent Sifre, ex-membro do DeepMind. Outros especialistas, como Karl Tuyls, Daan Wierstra e Julien Perolat, fizeram parte da equipe inicial, mas saíram da empresa devido a “diferenças operacionais”. Atualmente, a H emprega cerca de 50 pessoas, com escritórios em Paris e Londres.

O diferencial da H no mercado de inteligência artificial

O grande trunfo da H está em seu modelo de IA compacto. Com apenas 2 bilhões de parâmetros, o sistema é significativamente menor do que o ChatGPT-3, que opera com 175 bilhões de parâmetros. Essa abordagem reduz os custos operacionais, tornando a tecnologia mais acessível para empresas. Mesmo com um modelo menor, a H afirma que seu desempenho supera concorrentes como Anthropic, Mistral e Meta, especialmente em benchmarks como o WebVoyager.

Investimentos e apoio de grandes nomes

A H atraiu grandes investidores antes mesmo de vender seu primeiro produto. Entre os apoiadores estão Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, Xavier Niel, fundador da Iliad, além de gigantes como Amazon, Samsung e o ex-CEO da Google, Eric Schmidt. A empresa já arrecadou cerca de US$ 220 milhões, destacando-se como uma das start-ups mais bem financiadas no setor de tecnologia.

Concorrência e planos futuros

Embora a H esteja entrando em um mercado competitivo, com gigantes como Microsoft e Anthropic também desenvolvendo agentes de IA, sua proposta de tecnologia acessível pode preencher lacunas significativas. A empresa já se posiciona como uma alternativa econômica e eficiente, prometendo entregar resultados sólidos para empresas que buscam inovação sem altos custos. Com sua base sólida de financiamento, uma equipe de especialistas renomados e a proposta de um modelo mais enxuto e eficiente, a H pretende liderar o mercado de automação e IA, trazendo inovações que podem definir o futuro da tecnologia na Europa e no mundo.

O lançamento do Runner H coloca a H em uma posição estratégica no setor de inteligência artificial. Combinando inovação tecnológica, acessibilidade e o apoio de grandes investidores, a start-up francesa promete impactar o mercado de IA e abrir caminho para novas possibilidades em automação de processos e superinteligência artificial.

Amazon realiza primeiro teste de entregas com drones na Itália

Em comunicado à imprensa realizado na semana passada, a Amazon anunciou a conclusão bem-sucedida de um teste inicial de entregas com drones na Itália, tornando o país o primeiro na Europa a receber essa iniciativa. O teste ocorreu na cidade de San Salvo, localizada na região central de Abruzzo, no dia 4 de dezembro.

Avanço no uso de drones na Europa

Este marco faz parte dos planos da Amazon de lançar seu serviço de entregas com drones, chamado Prime Air, na Itália e no Reino Unido até o final de 2024. A empresa afirmou que está colaborando com autoridades italianas para atender a todos os requisitos regulatórios antes de iniciar o serviço comercial no próximo ano.

No Reino Unido, o órgão regulador de aviação selecionou em agosto seis projetos para testar o uso de drones em diferentes setores, incluindo entregas, inspeção de infraestrutura e serviços de emergência. Um desses projetos inclui a participação da Amazon.

Prime Air: expansão global

O serviço Prime Air foi lançado pela primeira vez em dezembro de 2022 e atualmente está em operação em locais selecionados nos estados norte-americanos do Texas e do Arizona. Segundo a Amazon, a expansão do serviço ocorrerá gradualmente, incluindo novos países como parte da estratégia de crescimento.

O drone usado no teste italiano foi o modelo MK-30, uma versão avançada e automatizada que integra o sistema de visão computacional da Amazon. Este sistema permite que os drones detectem e evitem obstáculos com segurança, preservando a integridade de pessoas, animais e propriedades, além de garantir a separação de outras aeronaves durante as operações.

Implicações para o futuro da logística

O sucesso deste teste reforça o compromisso da Amazon em inovar no setor de logística, oferecendo soluções mais rápidas e eficientes para os consumidores. O uso de drones representa um passo significativo na automação de entregas, prometendo reduzir custos e tempos de espera, além de diminuir o impacto ambiental com o uso de tecnologias mais sustentáveis.

Com o lançamento planejado para 2025, a Amazon se posiciona como uma das pioneiras na implementação de drones para entregas em larga escala, não apenas nos Estados Unidos, mas também no cenário europeu.

Bill Gates Indica 5 Livros para Ler nas Férias de Fim de Ano

Com a proximidade do fim do ano, o bilionário Bill Gates compartilhou sua tradicional lista de livros recomendados para as férias em seu blog, Gates Notes. Este ano, o cofundador da Microsoft escolheu quatro obras que exploram temas sobre o passado, presente e futuro, além de uma sugestão bônus. Segundo Gates, as escolhas refletem seu interesse em compreender as rápidas transformações do mundo atual.

“An Unfinished Love Story”, de Doris Kearns Goodwin

Este livro autobiográfico da renomada historiadora explora a relação de Goodwin com seu falecido marido, que trabalhou como redator de discursos para os presidentes John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson. Além de ser uma história pessoal, a obra também aborda eventos históricos cruciais, como o assassinato de Kennedy e a Guerra do Vietnã. Gates elogiou a escrita cativante de Goodwin, que combina relatos íntimos e históricos com maestria.

“A Geração Ansiosa”, de Jonathan Haidt

Para Gates, este é um livro essencial para pais, educadores e qualquer pessoa que lide com jovens. Haidt examina como o avanço dos smartphones e a diminuição de brincadeiras livres estão impactando o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. A obra não só descreve o problema, mas também apresenta soluções práticas para ajudar a reverter esses efeitos.

“Engineering in Plain Sight”, de Grady Hillhouse

Grady Hillhouse oferece uma visão fascinante sobre as estruturas tecnológicas que fazem parte do nosso cotidiano, explicando desde torres de celular até transformadores elétricos. Gates descreve este livro como uma leitura que recompensa a curiosidade, ideal para quem gosta de entender o funcionamento do mundo ao seu redor.

“The Coming Wave”, de Mustafa Suleyman

Considerado por Gates como a melhor introdução ao impacto da inteligência artificial e de avanços científicos na sociedade, a obra de Mustafa Suleyman explora os benefícios e riscos iminentes dessas tecnologias. O livro se destaca por oferecer uma visão clara e detalhada sobre como a IA está moldando o futuro e os desafios que devemos enfrentar para aproveitar seus potenciais.

Bônus: “Federer”, de Doris Henkel

Se você é fã do ex-tenista Roger Federer, este livro pode ser um presente perfeito. Com fotos inéditas e uma retrospectiva detalhada da vida e carreira do atleta, a obra é uma homenagem ao legado de Federer. Gates destaca que, mesmo achando que conhecia a história do tenista, descobriu novos detalhes ao ler o livro.

Reflexões de Bill Gates

Gates finaliza sua lista destacando que, em tempos de mudanças aceleradas, compreender o mundo e as forças que o moldam é essencial. Os livros escolhidos refletem sua busca por conhecimento e inspiração, oferecendo leituras que combinam aprendizado e prazer para fechar o ano com reflexões profundas.

Criadores podem perder € 22 bilhões com avanço da IA até 2028, aponta estudo da CISAC

Na última quarta-feira, a CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) divulgou um relatório alarmante sobre os impactos da inteligência artificial (IA) no mercado criativo. Segundo o estudo, criadores de música e audiovisual podem enfrentar perdas de receita de 24% e 21%, respectivamente, até 2028, totalizando uma perda acumulada de € 22 bilhões (R$ 139 bilhões) ao longo de cinco anos.

Impacto da IA no mercado criativo

O relatório, produzido em parceria com a consultoria PMP Strategy, destaca dois fatores principais que ameaçam os criadores:

  1. Uso não autorizado de obras por IA generativa: modelos de IA estão utilizando conteúdo humano sem remuneração, comprometendo a fonte de receita dos criadores.
  2. Concorrência com conteúdo gerado por IA: obras criadas por inteligência artificial competem diretamente com criações humanas, reduzindo as oportunidades de mercado para artistas.

Segundo a CISAC, o mercado de conteúdo gerado por IA crescerá significativamente, saltando de € 3 bilhões (R$ 18 bilhões) em 2023 para € 64 bilhões (R$ 405 bilhões) em 2028. No entanto, boa parte desse crescimento ocorre às custas da reprodução não licenciada de obras humanas.

Ameaças ao mercado musical e audiovisual

O impacto será particularmente grave para a indústria musical. A CISAC estima que até 2028, 20% das receitas das plataformas de streaming de música serão provenientes de conteúdos gerados por IA, enquanto 60% das bibliotecas de música dessas plataformas já poderão ser compostas por obras criadas por inteligência artificial.

No setor audiovisual, tradutores e adaptadores para dublagem e legendas serão os mais afetados, com um risco de perda de 56% em suas arrecadações. Roteiristas e diretores também enfrentarão cortes significativos, com uma redução salarial projetada entre 15% e 20%.

Chamado por regulamentação

Björn Ulvaeus, presidente da CISAC, enfatizou no relatório a necessidade de regulamentação eficaz para proteger os criadores humanos:

“A IA tem o poder de desbloquear novas e emocionantes oportunidades, mas devemos aceitar que, se mal regulamentada, a tecnologia também pode causar grandes danos aos criadores humanos, às suas carreiras e meios de subsistência.”

A confederação pede por um ambiente regulatório que garanta remuneração justa aos artistas cujas obras são usadas para treinar modelos de IA, bem como medidas que protejam a competitividade das produções humanas.

CEO da Intel renuncia em meio à crise financeira da empresa

A Intel, uma vez líder no setor de semicondutores, enfrenta mais um momento de turbulência com a surpreendente renúncia de seu CEO, Pat Gelsinger, após menos de quatro anos no cargo. A saída ocorre em um momento delicado para a empresa, que luta contra problemas financeiros e perde terreno para rivais como a Nvidia.

Dupla interina assume liderança

A direção da Intel será conduzida interinamente por dois executivos: David Zinsner, atual vice-presidente executivo e diretor financeiro, e Michelle Johnston Holthaus, responsável pelo grupo de Produtos Intel, que engloba áreas como computação do cliente e rede de IA. Ambos atuarão como CEOs interinos enquanto o conselho de administração busca um substituto definitivo para Gelsinger, que também renunciou ao cargo no conselho.

O presidente do conselho de administração, Frank Yeary, assumirá temporariamente o papel de presidente executivo. Yeary elogiou a contribuição de Gelsinger, destacando sua liderança na revitalização da fabricação de semicondutores de ponta e na promoção da inovação em toda a empresa.

Desafios financeiros e cortes na força de trabalho

A Intel registrou um prejuízo de 16,6 bilhões de dólares (cerca de 15,7 bilhões de euros) no último trimestre, o que reforça os desafios enfrentados pela companhia. Em agosto, Gelsinger havia anunciado planos para cortar cerca de 15% da força de trabalho da empresa, totalizando 15 mil empregos, como parte de um esforço para economizar 10 bilhões de dólares até 2025.

Além disso, a empresa enfrenta incertezas quanto ao financiamento federal prometido pela administração Biden. Inicialmente, a Intel receberia 8,5 bilhões de dólares em subsídios e 11 bilhões de dólares em empréstimos para a construção de fábricas de semicondutores. No entanto, fontes revelaram à Associated Press que parte desse financiamento pode ser reduzida, embora essa decisão não esteja relacionada aos resultados financeiros da empresa.

A ascensão da Nvidia e a perda de protagonismo

Enquanto a Intel luta para recuperar seu espaço, sua principal rival, Nvidia, consolidou-se como líder no mercado de chips voltados para inteligência artificial. A superioridade da Nvidia foi destacada recentemente com sua inclusão no índice Dow Jones Industrial Average, substituindo a Intel e marcando um ponto crítico na disputa entre as duas empresas.

A transição na liderança da Intel ocorre em um momento crucial, em que a empresa busca reestruturar suas operações, modernizar suas fábricas e competir em um setor cada vez mais dominado por avanços tecnológicos e demanda por chips de alto desempenho.

Meta alcança valorização recorde após decisão judicial contra TikTok nos EUA

As ações da Meta Platforms continuaram sua trajetória ascendente na sexta-feira, subindo 2,4% e fechando em um recorde histórico. A alta foi impulsionada pela decisão de um tribunal federal de apelações que manteve a lei exigindo que a ByteDance, controladora do TikTok, venda o aplicativo ou enfrente uma proibição nos Estados Unidos.

Crescimento exponencial das ações da Meta

Com essa nova alta, a Meta acumula um aumento de 77% no valor de suas ações em 2024, após quase triplicar sua valorização em 2023. Isso eleva o valor de mercado da empresa para cerca de US$ 1,6 trilhão, consolidando-a como uma das gigantes da tecnologia.

O desempenho da Meta acompanha o crescimento de outras grandes empresas de tecnologia. A Amazon também atingiu um recorde histórico de fechamento na sexta-feira, enquanto o índice Nasdaq, alimentado pelos ganhos das grandes empresas de tecnologia, subiu 0,8% no dia e acumula 32% de alta no ano.

Meta e a nova administração Trump

Na semana passada, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, participou de um jantar com o presidente eleito Donald Trump no resort Mar-a-Lago, na Flórida. Durante o evento, Zuckerberg apresentou os óculos equipados com câmeras Ray-Ban da empresa, sugerindo uma tentativa de se alinhar à nova administração.

A relação entre Zuckerberg e Trump tem sido marcada por controvérsias, mas o encontro indica que a Meta busca uma posição ativa no governo, especialmente considerando os desafios regulatórios e competitivos que a empresa enfrenta.

TikTok: um rival sob pressão

O TikTok, um dos principais concorrentes da Meta, tem cerca de 170 milhões de usuários nos EUA e conquistou popularidade, especialmente entre o público jovem. Em abril, o presidente Joe Biden assinou uma lei que exige que a ByteDance venda o TikTok. Caso contrário, empresas como Apple, Google e provedores de internet teriam que descontinuar o suporte ao aplicativo.

Na sexta-feira, um painel de três juízes do Tribunal de Apelações dos EUA em Washington, D.C., rejeitou o argumento do TikTok de que a lei viola a Primeira Emenda. O TikTok anunciou que pretende apelar à Suprema Corte, confiando na tradição da corte de proteger os direitos de liberdade de expressão dos americanos.

Estratégia de eficiência e inteligência artificial da Meta

A alta da Meta começou no final de 2022 e ganhou força em 2023, após Zuckerberg declarar o ano como o “ano da eficiência”. A empresa cortou cerca de 21 mil empregos e reconstruiu seus sistemas de publicidade com tecnologias de inteligência artificial.

No terceiro trimestre, a Meta relatou um aumento de 19% na receita em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha alertado sobre um aumento significativo nos gastos com infraestrutura em 2025. Além disso, a empresa registrou 3,29 bilhões de “pessoas ativas diariamente” em suas plataformas no trimestre, um aumento de 5% em comparação ao ano anterior.

Zuckerberg destacou os investimentos da Meta em novos produtos e serviços de IA, que incluem grandes gastos em unidades de processamento gráfico da Nvidia e no desenvolvimento de centros de dados para suportar essa infraestrutura.

Avanços na IA e planos futuros

Na sexta-feira, Zuckerberg usou o aplicativo Threads para anunciar que o Meta AI atingiu quase 600 milhões de usuários mensais ativos e que a empresa em breve lançará a versão 3.3 do modelo de linguagem Llama, de código aberto. No entanto, ele não especificou como a Meta define um “usuário ativo mensal” para sua tecnologia de IA.

A Meta segue fortalecendo sua posição no mercado de tecnologia, diversificando suas operações e apostando em inovação com inteligência artificial, enquanto enfrenta a concorrência acirrada e os desafios regulatórios globais.

Huawei planeja contar com 100 mil aplicativos disponíveis em seu sistema operacional

A Huawei anunciou no último sábado, 23 de novembro, uma ambiciosa meta de alcançar 100 mil aplicativos disponíveis no sistema operacional Harmony nos próximos meses. A iniciativa representa um marco importante para a empresa, que busca fortalecer seu ecossistema após enfrentar restrições impostas pelos Estados Unidos, que impediram o acesso ao sistema Android, da Google.

Atualmente, o HarmonyOS conta com cerca de 15 mil aplicativos, atendendo principalmente às necessidades básicas dos consumidores. Contudo, o presidente da Huawei, Xu Zhijun, destacou durante uma conferência a necessidade de ampliar o catálogo com aplicativos personalizados e de nicho para tornar o sistema mais atrativo e competitivo.

Origem do HarmonyOS

O sistema foi apresentado em agosto de 2019, poucos meses após a inclusão da Huawei na lista negra comercial dos EUA, sob alegações de risco à segurança. A medida acelerou os esforços da empresa para desenvolver um sistema operacional próprio, visto como alternativa ao Android.

Xu reconheceu que as sanções dos EUA forçaram a Huawei a buscar autossuficiência tecnológica, mas ressaltou a importância de um ecossistema robusto: “Nenhum sistema operacional tem valor sem usuários”, afirmou, convocando consumidores e desenvolvedores a contribuírem para o crescimento da plataforma.

Estratégia e ambições

A Huawei enxerga no HarmonyOS uma oportunidade estratégica para mitigar os impactos das tensões entre EUA e China no setor tecnológico. Com presença consolidada em áreas como smartphones e laptops, a empresa agora busca expandir seu alcance e oferecer uma experiência independente e inovadora.

A frase de Xu, “Sem caminho de volta, chega-se à vitória”, reflete a determinação da Huawei em superar os desafios e criar um ecossistema competitivo e sustentável.

Essa meta não apenas demonstra a resiliência da Huawei diante das adversidades, mas também reforça a crescente importância de alternativas ao domínio tecnológico ocidental no mercado global.

Google enfrenta processo coletivo de £7 Bilhões no Reino Unido por abuso de poder em buscas

O Google terá que enfrentar um processo coletivo de £7 bilhões (cerca de $8,8 bilhões) no Reino Unido, após decisão do Competition Appeal Tribunal (CAT) que permitirá a continuidade do caso. A ação, movida pela defensora dos direitos do consumidor Nikki Stopford em setembro de 2023, acusa a gigante tecnológica de abusar de sua posição dominante no mercado de buscas, impactando consumidores e empresas no país.

A ação alega que as práticas anticompetitivas do Google elevaram os custos de publicidade para empresas, que repassaram esses custos aos consumidores. Entre as práticas questionadas estão:

  • Acordos com fabricantes de Android: supostamente, o Google obrigou fabricantes de dispositivos Android a pré-instalar o Google Search e o Chrome.
  • Parceria com a Apple: o pagamento de bilhões de dólares para que o Google fosse o mecanismo de busca padrão no Safari.

Essas práticas já foram alvo de sanções na União Europeia e nos Estados Unidos, incluindo um recente processo antitruste nos EUA que pode levar à venda do navegador Chrome.

Declarações das Partes

Stopford afirmou que o Google “manipula o mercado de mecanismos de busca para cobrar mais dos anunciantes, o que resulta em preços mais altos para os consumidores”. A ação visa promover uma concorrência mais saudável no mercado digital e responsabilizar a empresa.

Por outro lado, Paul Colpitts, conselheiro sênior do Google no Reino Unido, rebateu as acusações, classificando o caso como “especulativo e oportunista”. Ele destacou que as pessoas utilizam o Google por escolha, não por falta de alternativas.

Processos Paralelos

Além deste caso no Reino Unido, o Google enfrenta uma série de ações legais globais:

Na União Europeia, a empresa perdeu recentemente um recurso contra uma multa de $2,7 bilhões relacionada a práticas anticompetitivas.

Esse processo destaca a crescente pressão regulatória sobre gigantes tecnológicas, com esforços globais para conter práticas consideradas abusivas e estimular a concorrência em mercados digitais. A decisão do CAT de permitir a continuidade do caso no Reino Unido pode abrir precedentes para outras ações similares, reforçando a supervisão sobre o poder das grandes empresas de tecnologia.

EUA intervém sobre o Google para “aumentar a competitividade” no setor de buscas online

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) propôs medidas drásticas para limitar o domínio da Google sobre o mercado de buscas na internet. Entre as sugestões estão o encerramento de sua parceria com a Apple, a disponibilização de dados proprietários para concorrentes e anunciantes, e a venda do navegador Chrome, que atualmente detém mais da metade do mercado nos EUA. Além disso, o governo quer aprovar qualquer comprador do Chrome e impedir a Google de lançar um novo navegador ou investir em concorrentes de busca e tecnologia de anúncios por um período de cinco a dez anos.

Contexto e Motivações

O caso antitruste contra a Google começou em 2020, sob a administração Trump, e continuou com o governo Biden. As acusações apontam que a empresa utilizou práticas anticompetitivas para manter sua posição dominante no mercado de buscas, suprimindo o acesso dos consumidores a outros provedores. Além disso, o DOJ moveu outra ação acusando a empresa de monopolizar tecnologias de anúncios digitais.

Medidas Propostas

  1. Fim de parcerias e controle de navegadores
    A Google teria que encerrar acordos com empresas como a Apple, que recebe bilhões para manter o Google como buscador padrão no iPhone, e ceder o controle do Chrome a uma entidade neutra.
  2. Compartilhamento de dados
    A empresa precisaria fornecer acesso ao seu índice de buscas e dados coletados sobre os usuários para ajudar concorrentes a competir em igualdade de condições.
  3. Restrição de monopólio
    A Google seria impedida de favorecer seus próprios produtos, como a integração com seu chatbot de IA, Gemini, e serviços como Google Docs.
  4. Incentivos a usuários e concorrentes
    Propostas incluem pagamentos temporários para usuários que escolham buscadores não ligados à Google, além de um maior acesso ao mercado de publicidade para concorrentes.
  5. Ações regulatórias
    O DOJ propôs a criação de um comitê técnico independente para monitorar o cumprimento das obrigações e medidas de longo prazo para fomentar a inovação no mercado de buscas.

Reação da Google e análise do mercado

A Google classificou as medidas como “extremas” e “intervencionistas”, alegando que prejudicariam não apenas suas operações, mas também a privacidade e segurança de seus usuários. Ex-executivos da empresa expressaram ceticismo sobre a eficácia das propostas, destacando que o domínio da Google resulta de sua infraestrutura tecnológica superior, integração de serviços como Maps e anos de confiança dos consumidores.

Concorrentes, como a DuckDuckGo, veem as medidas como um impulso para a inovação e a competição. Especialistas também apontam que mudanças como a maior escolha de buscadores poderiam beneficiar consumidores, mas ressaltam que a Google ainda detém vantagens estruturais difíceis de superar.

As medidas, se aplicadas, podem mudar o mercado de buscas e criar espaço para alternativas inovadoras, como modelos mais interativos de IA semelhantes ao ChatGPT. No entanto, o caso pode se arrastar por anos devido a recursos judiciais, o que significa que o cenário de buscas poderá evoluir naturalmente antes mesmo da implementação de qualquer ordem judicial.

O resultado deste caso, esperado para 2025, determinará não apenas o futuro da Google, mas também o equilíbrio entre inovação e regulamentação no mercado de tecnologia.

Lei das Bets enfrenta contestação da PGR por inconstitucionalidade

Menos de um ano após a sanção da Lei das Bets pelo presidente Lula, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar sua validade. Segundo Paulo Gonet, procurador-geral da República, a legislação apresenta lacunas que comprometem direitos fundamentais e os princípios econômicos do país, expondo a população a riscos sociais significativos.

A ação, protocolada na última segunda-feira (11), também inclui a lei 13.756/2018, que legalizou as apostas esportivas de quota fixa. Gonet argumenta que a legislação permite uma exploração descontrolada do setor, facilitando abusos e expondo consumidores, especialmente os mais vulneráveis, a práticas consideradas predatórias.

Impactos sociais e econômicos em foco

Para a PGR, as apostas esportivas se tornaram uma ameaça não apenas econômica, mas também social. A falta de mecanismos de proteção robustos, associada à ausência de critérios claros para regular as operadoras, representa um risco para direitos fundamentais como saúde, alimentação e a proteção de grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Um dado alarmante reforça essa visão: somente em agosto, beneficiários do programa Bolsa Família destinaram cerca de R$ 3 bilhões às apostas esportivas. Para Gonet, essa prática demonstra o impacto desproporcional das apostas sobre famílias de baixa renda, configurando um desequilíbrio entre o entretenimento oferecido e as consequências econômicas e sociais geradas.

Dificuldades de fiscalização e arrecadação

Um dos principais desafios apontados pela PGR é o fato de que muitas empresas do setor estão sediadas no exterior, dificultando a fiscalização e a arrecadação tributária. Essa dinâmica enfraquece o controle estatal e reduz a eficácia das tentativas de regulamentação. Além disso, a PGR critica a ausência de políticas efetivas para evitar práticas abusivas e para assegurar o uso ético das plataformas de apostas.

Apesar dos esforços do governo federal, que publicou uma lista com cerca de 200 plataformas autorizadas a operar no Brasil, a eficácia dessas medidas ainda é limitada. O presidente Lula já sinalizou que, caso não haja avanços na regulamentação, poderá reverter a liberação das apostas esportivas.

Caminhos possíveis para o futuro do mercado de apostas

A ação da PGR levanta questões cruciais sobre o futuro das apostas esportivas no Brasil. Entre os principais pontos de atenção estão:

  1. Proteção aos consumidores: É essencial criar medidas que limitem os danos sociais, especialmente entre os mais vulneráveis.
  2. Fiscalização e tributação eficazes: Regular empresas estrangeiras será fundamental para garantir a arrecadação e evitar a evasão fiscal.
  3. Impacto social sustentável: É necessário um equilíbrio entre o potencial de arrecadação e os riscos de dependência e endividamento que afetam milhões de famílias.

A iniciativa da PGR reacende o debate sobre o papel do Estado na regulação de mercados de alto impacto social. Caso o STF aceite o pedido, o Brasil poderá enfrentar mudanças significativas na operação e na regulamentação das apostas esportivas, influenciando não apenas o mercado local, mas também o modo como o país se posiciona diante de indústrias com alta complexidade regulatória.

Sair da versão mobile