OpenAI firma parceria com empresa de tecnologia militar

A OpenAI anunciou sua primeira grande parceria no setor de defesa, colaborando com a Anduril Industries, uma startup de tecnologia militar fundada por Palmer Lucky, cofundador da Oculus VR. A parceria estratégica busca integrar os modelos de IA da OpenAI aos sistemas da Anduril, com o objetivo de melhorar a análise de dados sensíveis, reduzir a carga de operadores humanos e aprimorar a conscientização situacional. Essa aliança posiciona a OpenAI mais perto de colaborações diretas com o Departamento de Defesa dos EUA.

A Anduril é conhecida por fornecer tecnologias militares, como drones, submarinos autônomos e sistemas anti-drone. A startup já conquistou contratos substanciais com o governo, incluindo um projeto para desenvolver jatos de combate não tripulados e um contrato de US$ 100 milhões com o Escritório de Inteligência Digital e IA do Pentágono.

Sam Altman, CEO da OpenAI, reforçou que a parceria está alinhada com os valores democráticos e o objetivo de proteger cidadãos americanos:

“A OpenAI constrói IA para beneficiar o maior número possível de pessoas e apoia esforços liderados pelos EUA para garantir que a tecnologia mantenha os valores democráticos. Nossa parceria com a Anduril ajudará a proteger o pessoal militar americano e permitirá que a comunidade de segurança nacional use essa tecnologia de forma responsável.”

Mudança de política e contexto

A OpenAI fez mudanças significativas em sua política em janeiro de 2024, removendo uma cláusula que bania o uso de suas tecnologias para fins militares ou que envolvessem riscos de danos físicos. Essa alteração abriu caminho para projetos como a parceria com a Anduril. A política atual ainda proíbe o uso de suas ferramentas para ferir pessoas, desenvolver armas ou destruir propriedades, mas permite aplicações relacionadas à segurança nacional.

O Crescimento da IA no setor de defesa

A OpenAI não está sozinha nesse movimento em direção a aplicações militares. Outras empresas de IA também estão investindo no setor de defesa. Anthropic e Palantir uma parceria com a Amazon Web Services para fornecer modelos de IA para operações de defesa e inteligência. Rumores indicam que Shyam Shankir, CTO da Palantir, pode liderar a área de engenharia e pesquisa do Pentágono na nova administração de Donald Trump.

Google lança o Veo: um modelo de IA que gera vídeos ultrarrealistas

O Veo, o mais recente modelo de vídeo generativo da do Google, já está disponível para alguns usuários. Anunciado inicialmente em maio de 2024, o Veo chega ao mercado antes do concorrente Sora, da OpenAI, que ainda não foi lançado.

Capacidades do Veo

O Veo é capaz de gerar vídeos de alta qualidade (resolução 1080p) a partir de prompts baseados em texto ou imagem. Além disso, oferece uma variedade de estilos visuais e cinematográficos. Durante a apresentação inicial, o modelo gerava clipes com duração acima de um minuto, mas o Google não especificou limites para a versão de prévia. A qualidade dos clipes gerados é surpreendente, com detalhes difíceis de distinguir como sendo feitos por IA.

Outras ferramentas foram anunciadas

Além do Veo, o Google anunciou que o modelo de geração de imagens Imagen 3 estará disponível para todos os clientes do Google Cloud a partir da próxima semana, ampliando sua estreia nos EUA através do AI Test Kitchen em agosto. Novos recursos devem incluir a edição de imagem através de prompts.

Salvaguardas e Marcação de Conteúdo

Para evitar o uso indevido de seus modelos, o Google implementou salvaguardas nos Veo e Imagen 3, incluindo a tecnologia SynthID, desenvolvida pela DeepMind. Esse sistema de marca d’água digital invisível ajuda a mitigar preocupações sobre desinformação e atribuição incorreta. Ele se assemelha ao sistema de Content Credentials da Adobe, que também marca conteúdos gerados por IA.

Concorrência com OpenAI e Impacto no Mercado

Com o lançamento do Veo, o Google amplia a vantagem competitiva sobre a OpenAI, que ainda não entregou seu modelo Sora, prometido para até o final de 2024. Enquanto isso, o mercado de conteúdo gerado por IA já está em alta, com 86% das organizações que utilizam IA generativa relataram aumento na receita, segundo o Google.

ESPN dos EUA testa apresentador digital FACTS alimentado por inteligência artificial

A ESPN está testando um avatar gerado por IA chamado FACTS, desenvolvido para o programa de futebol universitário SEC Nation, exibido aos sábados na programação estadunidense. O recurso simula um apresentador, nos moldes da brasileira Magalu, mas com capacidade de analisar dados e emitir opiniões por sua integração com inteligência artificial.

O avatar utiliza informações do ESPN Analytics, como o Football Power Index (FPI), estatísticas de jogadores e equipes, além de cronogramas de jogos. Embora ainda não tenha sido apresentado oficialmente, o conceito sugere uma versão automatizada do icônico estatístico da ESPN, Howie Schwab, que também estrelou o game show dos anos 2000, Stump the Schwab.

A ESPN já utiliza IA generativa em seu site, criando resumos de jogos, como os relatórios sobre futebol feminino, lacrosse e Premier League. O FACTS, porém, ainda está em fase de desenvolvimento, e a emissora não revelou quando ele será introduzido na programação.

O avatar é alimentado pela tecnologia ACE (Avatar Cloud Engine) da Nvidia, em integração com o Azure OpenAI para processamento de linguagem natural, além do ElevenLabs para conversão de texto em fala.

Durante o anúncio feito na ESPN Edge Innovation Conference, a empresa enfatizou que o FACTS não é uma tentativa de substituir jornalistas ou outros talentos da emissora. Segundo a emissora, o avatar tem o objetivo de promover educação e entretenimento no segmento de análises esportivas. O recurso busca testar inovações e tornar os dados analíticos da ESPN mais acessíveis aos fãs de maneira interativa e divertida.

Google Workspace permitirá criação de imagens de apoio através de IA

O Google Workspace está lançando um gerador de imagens com IA baseado na tecnologia Gemini, integrado diretamente ao Google Docs. Esse recurso permite criar rapidamente visuais para documentos, funcionando essencialmente como uma ferramenta de clip art. A funcionalidade segue os passos do recurso de arte gerada por IA que a Microsoft já oferece em seus produtos do Office.

O gerador de imagens no Google Docs já está disponível para alguns usuários com contas pagas do Workspace que incluem os add-ons Gemini Business, Enterprise, Education, Education Premium ou Google One AI Premium. Para utilizar, basta acessar o menu: Inserir > Imagem > Ajude-me a criar uma imagem. Isso abrirá uma barra lateral onde é possível descrever a imagem desejada e escolher o estilo artístico, como “Fotografia” ou “Esboço”.

Além disso, o gerador oferece opções de proporções, permitindo criar imagens quadradas, horizontais ou verticais para se adequar ao layout do documento. Há também suporte para imagens de capa em tela cheia em documentos sem margens.

A funcionalidade utiliza o Imagen 3, o mais recente modelo de geração de imagens da Google, que promete maior detalhamento, iluminação aprimorada e menos artefatos visuais em comparação às versões anteriores. No ano passado, o Google Slides já havia recebido um gerador de slides integrado, alimentado pelas ferramentas de IA Duet.

O recurso tem prazo de até deve estar disponível para todos os usuários até 16 de dezembro.

RD Station quer inteligência artificial integrada e invisível

A RD Station, reconhecida por suas soluções de automação de marketing, avança em um plano estratégico para tornar a inteligência artificial (IA) central e praticamente imperceptível no uso diário de suas ferramentas. Conforme descrito por Bruno Ghisi, CTO da empresa, em entrevista ao IT Forum, a IA na RD Station é tratada como um meio essencial para viabilizar funcionalidades, sem ser o foco final. “A inteligência artificial é o meio, não o fim,” enfatiza Ghisi.

A evolução da IA na RD Station: o MentorIA

O motor de IA da RD Station, batizado de MentorIA, já desempenha um papel crucial na oferta de produtos da empresa, dividindo-se em três frentes principais:

  1. IA integrada aos produtos: Recursos como geração de conteúdo, automação de atendimento e análise de dados recebem o selo MentorIA, indicando o uso de IA.
  2. Criação de conteúdos otimizados: A IA apoia desde a criação de títulos de posts até roteiros de vídeos, economizando tempo e aumentando a produtividade.
  3. Agentes especializados: Sistemas baseados em IA adaptam-se às necessidades específicas dos clientes e seus setores, oferecendo suporte customizado.

Integração com o WhatsApp e facilidades para os clientes

Um dos destaques da estratégia é a integração com o WhatsApp, ferramenta amplamente usada no Brasil. A funcionalidade permite que vendedores atualizem CRMs, registrem oportunidades de negócios e disparem campanhas diretamente pelo aplicativo, inclusive por comandos de voz. A parceria com a Meta posiciona a RD Station como um diferencial em produtividade, aproveitando a familiaridade dos clientes com a plataforma.

IA como camada invisível no futuro das empresas

Bruno Ghisi acredita que a IA generativa será tão naturalizada no futuro que os usuários não perceberão que estão interagindo com máquinas. A meta da RD Station é expandir a IA para personalizar ainda mais suas ferramentas, tornando-as acessíveis a pequenos empreendedores e grandes corporações. “Estamos caminhando para um cenário onde a inteligência artificial será absorvida pelas operações sem a necessidade de diferenciação,” comenta Ghisi.

Investimento em infraestrutura e e-commerce

A infraestrutura da RD Station já suporta mais de 500 milhões de contatos, mas há um esforço contínuo para torná-la mais escalável e ágil. A recente expansão para o e-commerce reflete a aposta em soluções para pequenos lojistas e grandes varejistas, otimizando campanhas e gerenciando atendimentos de forma eficiente.

Outro foco é a criação de fluxos de trabalho multicanais que entreguem a mensagem certa, no momento ideal e pelo canal adequado. Essa abordagem busca integrar ainda mais os processos de comunicação e marketing, ampliando os resultados dos clientes.

Compromisso com a acessibilidade tecnológica

O CTO ressalta que o objetivo da RD Station é facilitar o crescimento das empresas, eliminando a necessidade de domínio técnico profundo por parte dos usuários. “Nosso foco está em ajudar empresas de todos os portes a crescerem, com a IA como uma aliada que, com o tempo, se tornará tão natural quanto enviar um e-mail ou fazer uma ligação,” conclui Ghisi.

Top 10 tendências tecnológicas e estratégicas para 2025

A Gartner divulgou no final de outubro um levantamento que aponta quais são as principais tendências tecnológicas e estratégicas para 2025.

O relatório anual da Gartner para 2025 destaca as tendências que, segundo o estudo, moldarão o futuro das organizações, oferecendo uma visão abrangente do impacto das inovações no mercado e nas operações empresariais. Dividido em três grandes temas, o report explora como as novas tecnologias podem transformar a maneira como as empresas enfrentam desafios de produtividade, segurança e inovação.

IA e seus desafios éticos e operacionais

A Inteligência Artificial (IA) continuará a ocupar o centro das atenções. O desenvolvimento de agentes autônomos, conhecidos como IA Agente, promete criar uma força de trabalho virtual capaz de planejar e agir de forma independente para atingir metas estabelecidas. Contudo, sua implementação requer diretrizes claras para evitar desvios éticos e operacionais. Paralelamente, as plataformas de governança de IA surgem como ferramentas indispensáveis para garantir o uso responsável da tecnologia, estabelecendo políticas que promovam transparência e confiança.

Outro ponto crucial é a segurança contra desinformação. Tecnologias que detectam e combatem fraudes digitais e narrativas prejudiciais reforçam controles de validação de identidade e protegem marcas em um ambiente cada vez mais vulnerável.

Novas fronteiras da computação

O avanço da computação quântica exige preparativos, e soluções como a criptografia pós-quântica (PQC) estão sendo desenvolvidas para proteger dados contra futuros riscos de decodificação. Além disso, a computação invisível e integrada no ambiente cotidiano, conhecida como inteligência ambiente, oferece experiências mais intuitivas e naturais, enquanto tecnologias voltadas para eficiência energética reduzem o impacto ambiental e melhoram a sustentabilidade das operações.

A computação híbrida, que combina diferentes mecanismos de processamento e armazenamento, também está em destaque. Ela promete acelerar a inovação, permitindo uma personalização em tempo real e possibilitando avanços tanto para negócios autônomos quanto para as capacidades humanas.

Sinergia entre humanos e máquinas

A interação entre o mundo físico e o digital continuará a evoluir. A computação espacial, que combina tecnologias como realidade aumentada e virtual, transformará setores como saúde, varejo e educação, oferecendo experiências imersivas e altamente interativas. Robôs multifuncionais estão ganhando destaque por sua capacidade de realizar diferentes tarefas sem necessidade de infraestrutura adicional, enquanto as tecnologias de aprimoramento neurológico abrem caminho para melhorias cognitivas, educação personalizada e maior segurança no trabalho.

Visão geral

Num geral, as tendências apontam para um mercado focado em inovação responsável, onde a tecnologia busca resolver problemas complexos de forma sustentável e ética. O impacto crescente da IA demonstra uma mudança significativa na maneira como as organizações estão lidando com automação, segurança e governança. A computação híbrida e a eficiência energética refletem a urgência em equilibrar inovação com sustentabilidade, enquanto as ferramentas que promovem a integração entre humanos e máquinas indicam o desejo de criar ambientes mais colaborativos e intuitivos.

O cenário descrito no relatório também reflete o momento de transição em que o mercado se encontra. As empresas estão cada vez mais comprometidas em integrar avanços tecnológicos de maneira que sejam benéficos para as operações internas e para a sociedade como um todo, em um cenário onde essas novas tecnologias ainda necessitam de intensa supervisão humana. Isso exige não apenas investimentos em tecnologia, mas também em governança, habilidades técnicas e estratégias de longo prazo para aproveitar ao máximo essas inovações emergentes.

Google testa recurso de busca por voz em tempo real com IA

Com a OpenAI entrando no mercado de mecanismos de busca por meio do ChatGPT Search, a Google está intensificando seus esforços em inteligência artificial para manter sua liderança no setor.

A novidade mais recente? Um recurso de busca por voz em tempo real e com suporte conversacional diretamente no Google Search.

Como funciona o novo recurso de busca por voz com IA?

Segundo informações compartilhadas por @AssembleDebug no X, o recurso permite que usuários realizem perguntas por meio de comando de voz no aplicativo do Google em dispositivos móveis. Em resposta, a busca do Google fornece resultados em tempo real, incluindo links relevantes e resumos baseados em IA.

Diferentemente das buscas por voz existentes, que exigem que o usuário reinicie o processo a cada nova pergunta, a nova funcionalidade é contextual e contínua. Isso significa que, uma vez iniciado, o usuário pode fazer perguntas complementares sem precisar tocar novamente no botão de microfone.

O que esperar do recurso?

O recurso está atualmente em fase de testes e ainda não foi disponibilizado ao público em geral no aplicativo Google. Não se sabe ao certo se ele será lançado oficialmente, mas, com o avanço de outras empresas no mercado de voz para texto, como a OpenAI, é provável que a Google implemente versões similares no futuro próximo.

Com a crescente integração de IA em ferramentas de busca, o Google busca inovar para enfrentar concorrentes como a OpenAI. Fique atento, pois essas novidades podem redefinir a forma como interagimos com mecanismos de busca em nossos dispositivos móveis.

Eleição de Trump deve afetar o mercado de inteligência artificial

Na manhã de quarta-feira, Donald Trump foi declarado vencedor da eleição presidencial dos EUA, preparando o cenário para mudanças significativas na política federal de IA ao assumir o cargo no próximo ano.

Entre suas intenções está a desarticulação imediata da ordem executiva sobre IA estabelecida por Biden em outubro de 2023. Biden criou uma supervisão abrangente do desenvolvimento de IA, incluindo a criação do Instituto de Segurança de IA dos EUA (AISI). Ela exige que empresas apresentem relatórios sobre metodologias de treinamento e medidas de segurança, incluindo dados de testes de vulnerabilidade. Além disso, a ordem atual orienta o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio a desenvolver diretrizes para ajudar as empresas a identificar e corrigir falhas em seus modelos de IA .

Apoiadores de Trump, como a deputada Nancy Mace e o senador Ted Cruz, têm criticado essas medidas. Em março, Mace alertou que os requisitos de relatórios podem desestimular a inovação e impedir desenvolvimentos como o ChatGPT. Cruz caracterizou os padrões de segurança de IA do NIST como uma tentativa de “controle por normas progressistas” .

Impacto Comercial e Outros Efeitos

As propostas de Trump incluem uma tarifa de 10% sobre todas as importações dos EUA e uma tarifa de 60% sobre produtos chineses, o que poderia dificultar o acesso da indústria de IA a tecnologias essenciais, especialmente GPUs, fundamentais para treinamento e execução de seu trabalho. Também é possível que Trump intensifique o controle de exportações de chips e modelos de IA para a China .

Outras propostas de Trump incluem a restrição a vistos H-1B e a expansão do desenvolvimento de petróleo e gás, medidas que se aplicadas poderiam impactar a capacidade de empresas de IA de recrutar talentos e acessar recursos computacionais .

Caso Trump realmente remova a regulamentação federal de IA, os governos estaduais estadunidenses poderão preencher essas lacunas regulatórias, como é comum nos Estados Unidos. Por exemplo, Tennessee, Colorado e Califórnia já adotaram medidas para regular IA, incluindo proteção contra clonagem de voz e regulamentações contra deepfakes, mostrando que os estados podem adotar políticas próprias caso a regulamentação federal seja desfeita. Em efeito cascata, países pelo mundo que também são impactados pelas tecnologias estadunidenses enfrentariam a necessidade de implementarem leis que ofereçam o mínimo de proteção às pessoas, o que poderia levar tempo e gerar um status de insegurança em primeiro momento.

Por fim, as fronteiras nem sempre precisas entre o pessoal e o institucional, marca do primeiro governo Trump, poderiam gerar desequilíbrio de mercado, com empresas gerenciadas por seus apoiadores conseguindo mais livre acesso ao lobby presidencial em busca de condições exclusivas de atuação. Elon Musk, que apoiou Trump na eleição, por exemplo, tem projetos na área de IA e tem perdido espaço de mercado, podendo agora utilizar de suas relações para recuperar terreno.

Ainda é impossível calcular o retorno financeiro de muitas ferramentas baseadas em IA, diz SAP

Em evento organizado pela SAP em Buenos Aires na última semana, jornalistas de toda a América Latina se reuniram para discutir as direções da transformação digital na região. A análise conduzida por Ignacio Perrone, diretor de pesquisa da Frost & Sullivan, destacou as tecnologias de nuvem e inteligência artificial (IA) como motores do interesse corporativo, mas que enfrentam desafios práticos, como custo e retorno sobre investimento (ROI).

Sobre os dados em nuvem

  1. Prioridades Corporativas: de acordo com a pesquisa apresentada pela SAP no evento, 77% das empresas na América Latina buscam aprimorar a experiência do cliente, enquanto 75% focam na eficiência operacional e 74% visam o crescimento da receita.
  2. Desafios da Nuvem: embora a promessa de escalabilidade seja atraente, 46% das empresas mencionaram os custos como barreira significativa, levando a um movimento de “repatriação de dados” para servidores próprios. Isso ocorre também nos Estados Unidos, especialmente quando o suporte técnico e o controle sobre dados não atendem às expectativas.
  3. Preocupações com Segurança: cerca de 44% dos entrevistados pela pesquisa expressaram preocupações com a segurança de dados, impulsionadas por regulamentações rigorosas.

Sobre a inteligência artificial

Embora a IA esteja ganhando espaço, com 32% das empresas já implementando a tecnologia e 29% desenvolvendo protótipos, o ROI continua sendo um desafio para 50% das companhias. Muitas implementações de IA, como chatbots, melhoram a experiência do cliente, mas seu impacto no lucro é difícil de quantificar. Como resultado, as empresas têm se concentrado em projetos menores que garantam economia de custos, limitando a inovação.

Perrone comparou essa tendência à trajetória da Internet das Coisas (IoT), que também enfrentou obstáculos de custo e focou em soluções específicas com retorno visível. Na IA, sem garantias financeiras claras, a tecnologia é usada como ferramenta de contenção de despesas em vez de motor de inovação.

Atualização de IA para Alexa é adiada para 2025

A Amazon pode estar enfrentando desafios com as prometidas melhorias de IA para a Alexa. Segundo um relatório da Bloomberg, a assistente de voz, que deveria receber uma grande atualização de IA ainda este ano, terá esse upgrade adiado para 2025.

O objetivo das melhorias é tornar a Alexa mais inteligente, mais conversacional e capaz de realizar novas funções. No entanto, a realidade dos testes beta sugere outra história.

Entre os problemas relatados, os usuários beta mencionaram respostas longas e desconexas, falhas de relevância em relação às perguntas originais e até alucinações. Outro problema notável foi a inconsistência no funcionamento com dispositivos inteligentes conectados, como interruptores de luz.

Embora a Amazon não tenha confirmado oficialmente o adiamento, o acesso beta foi desativado, impedindo que os usuários testassem a versão mais conversacional da Alexa. Com isso, a expectativa é que a nova versão só esteja disponível em 2025.

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