As personalidades mais perigosas da internet em 2024 segundo a revista Wired

A evolução da internet sempre foi marcada por uma luta entre forças de controle e moderação, e aquelas que promovem a desordem. Em 2024, o lado do caos ganhou força, liderado por rostos já conhecidos: oligarcas, hackers patrocinados por estados, cibercriminosos e golpistas. Esses agentes não apenas persistiram, mas também ampliaram sua influência. A influente revista Wired publicou no início desta semana a sua lista de personalidades mais perigosas da internet ao longo de 2024, contendo de candidatos eleitos a bilionários que participaram ativamente do debate público.

Elon Musk

Musk usou sua plataforma X (antigo Twitter) para amplificar desinformação e narrativas polarizadoras. Entre as ações mais prejudiciais, estão a disseminação de falsas alegações sobre a FEMA e a publicação de deepfakes. Sua influência ressalta os perigos de concentrar o poder midiático nas mãos de bilionários.

Donald Trump

Trump retomou sua influência política por meio de campanhas digitais recheadas de desinformação. Alegações falsas, como as de que imigrantes estavam consumindo recursos essenciais dos EUA, ajudaram a inflamar divisões. Com sua reeleição iminente, espera-se que sua influência digital aumente ainda mais.

Volt Typhoon

O grupo de hackers patrocinado pelo estado chinês se infiltrou em infraestruturas críticas nos EUA, preparando possíveis ataques cibernéticos. Suas ações destacam os riscos de um futuro conflito envolvendo Taiwan.

Sandworm

O grupo russo Sandworm continuou seus ataques cibernéticos devastadores, especialmente na Ucrânia. Suas ações, como ataques a redes de energia, mostram como o ciberespaço é usado como arma em conflitos modernos.

Forças militares e inteligência de Israel

Israel utilizou ferramentas de IA para identificar alvos em Gaza, resultando em milhares de mortes civis. Além disso, ataques à infraestrutura de comunicação e estratégias como armadilhas em dispositivos de comunicação ilustram os perigos do uso de tecnologia avançada em guerras.

Black Cat/AlphV/RansomHub

O ataque ao sistema de pagamentos da Change Healthcare, que paralisou pagamentos no setor de saúde dos EUA, demonstrou o impacto devastador dos grupos de ransomware. Mesmo após um resgate milionário, os danos continuaram.

The Com

Essa rede de hackers jovens e trolls perpetuou crimes como extorsão sexual e assédio, evidenciando a persistência de grupos cibernéticos caóticos.

Corretoras de dados

Empresas de dados privados venderam informações sensíveis, como localização detalhada de usuários, expondo problemas sérios de privacidade. Vazamentos, como o da Near Intelligence, reforçam a necessidade de regulamentação nesse setor.

Character.AI

A startup de chatbots enfrentou acusações graves, incluindo casos de interação prejudicial com menores. Esse exemplo ressalta os riscos de ferramentas de IA mal regulamentadas.

Golpistas de criptomoedas

Esquemas de fraude baseados em criptomoedas cresceram globalmente, empregando até trabalhadores escravizados para aplicar golpes. A expansão dessa indústria ilícita é alarmante e mostra o lado sombrio das finanças digitais.


O que esperar de 2025?

O ano de 2024 foi marcado por instabilidade e perigos no ambiente digital. Esses agentes demonstraram o quanto a internet ainda é vulnerável e destacam a necessidade urgente de regulamentações e estratégias de contenção.

YouTube está testando botão de “Reproduzir algo” que selecionará conteúdos pelo usuário

O YouTube está experimentando um novo recurso chamado “Reproduzir algo”, um botão flutuante que escolhe um vídeo para o usuário assistir. Segundo informações do 9to5Google, o botão aparece logo acima da barra inferior no aplicativo para Android. Ao ser pressionado, ele seleciona automaticamente um vídeo do YouTube.

Como funciona?

Assim como versões anteriores testadas pelo YouTube, o botão utiliza o player vertical do YouTube Shorts para exibir vídeos. Isso acontece independentemente do formato do vídeo escolhido — seja ele um Short ou um vídeo padrão do YouTube. No entanto, há expectativas de ajustes antes do lançamento oficial, especialmente para melhorar a experiência com vídeos que não possuem formato vertical.

Testes anteriores e inspiração

Essa não é a primeira tentativa do YouTube com a ideia de seleção aleatória. Outras versões em teste incluem:

  • Um banner “Reproduzir Algo”;
  • Um botão simples com o logo preto e branco do YouTube.

O conceito lembra o extinto recurso “Surprise Me”, do Netflix, descontinuado em 2023. Esse recurso também foi lançado inicialmente como “Play Something” em 2021, servindo para selecionar aleatoriamente filmes ou séries.

Quando será lançado?

Ainda não há confirmação sobre a data de lançamento oficial do botão “Reproduzir Algo”. No entanto, a fase de testes sugere que o YouTube está interessado em oferecer uma experiência mais prática e aleatória para seus usuários, especialmente em um mundo de crescente popularidade dos conteúdos curtos.

Novos emojis devem passar a integrar a biblioteca Unicode a partir de 2025

A Unicode, organização responsável por criar e aprovar emojis, revelou nove novas propostas de designs que podem ser incluídas na lista oficial de emojis em 2025. Dentre as ideias estão:

  • Um rosto distorcido
  • Uma “nuvem de briga”
  • Uma criatura parecida com o Pé Grande
  • Uma maçã comida
  • Um dançarino de balé
  • Uma orca
  • Um trombone
  • Um deslizamento de terra
  • Um baú de tesouro.

A publicação especializada Emojipedia compartilhou uma prévia dos designs nas redes sociais.

Aprovação Prevista para Setembro de 2025

Segundo a BBC, as propostas serão avaliadas para aprovação em setembro de 2025, embora novas ideias possam ser apresentadas antes da votação final.

Relembre os Emojis de 2024

No último ciclo de aprovações, diversos emojis foram introduzidos, incluindo:

  • Uma harpa,
  • Uma árvore sem folhas,
  • Uma pá,
  • E até a bandeira da pequena ilha de Sark.

A batalha de um YouTuber contra falsos pedidos de remoção de direitos autorais no YouTube

No final de setembro, Dominik “Domtendo” Neumayer, um criador de conteúdo veterano no YouTube, recebeu uma mensagem alarmante. Após postar vídeos sobre The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, ele descobriu que parte de seu trabalho havia sido removida devido a supostas violações de direitos autorais. Para um canal com 17 anos de existência e mais de 1,5 milhão de inscritos, isso representava um sério risco de encerramento.

Entretanto, algo parecia errado. Os pedidos de remoção alegavam ser da Nintendo, mas o endereço de e-mail usado era “tatsumi-masaaki@protonmail.com”, uma conta pessoal, longe do padrão corporativo da empresa. Embora o YouTube tenha aceitado os pedidos como válidos, essa inconsistência chamou a atenção de Domtendo.

Um problema recorrente no sistema de direitos autorais do YouTube

O caso de Domtendo não é isolado. O sistema de remoção do YouTube, baseado na Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA), frequentemente permite abusos. De acordo com a própria plataforma, mais de 6% dos pedidos de remoção feitos por meio de seu formulário público são falsos. Criadores têm dificuldade para contestar esses pedidos sem arriscar suas contas ou enfrentar altos custos legais.

A situação de Domtendo se complicou ainda mais quando o suposto “Tatsumi Masaaki” começou a enviar mensagens diretamente para ele, exigindo que mais vídeos fossem removidos. As ameaças se tornaram cada vez mais intensas e desconexas. Entre outubro e novembro, o “representante” chegou a mencionar ações legais e até afirmações de que a Nintendo já possuía o endereço do criador na Alemanha.

A resposta oficial da Nintendo

Cansado das ameaças, Domtendo contatou diretamente a Nintendo, que confirmou que “tatsumi-masaaki@protonmail.com” não era um endereço oficial da empresa. No entanto, mesmo com essa resposta, Domtendo continuou hesitante em restaurar seu conteúdo. Ele temia que, de alguma forma, o falso agente pudesse ainda causar problemas.

A situação tomou um rumo inesperado quando “Tatsumi” enviou uma mensagem declarando a retirada de todas as suas alegações. Pouco tempo depois, uma nova tentativa foi feita usando um endereço aparentemente legítimo da Nintendo: “anti-piracy3@nintendo.co.jp”. Domtendo verificou os cabeçalhos da mensagem e descobriu que o e-mail havia sido falsificado por meio de ferramentas disponíveis na internet.

Falhas no sistema e o impacto nos criadores

O caso de Domtendo expôs um problema crítico no sistema do YouTube: a facilidade com que falsos pedidos de direitos autorais podem ser feitos. Para pequenos criadores, o impacto é ainda mais severo. Sem suporte direto da plataforma, muitos são incapazes de desafiar as remoções ou enfrentar grandes empresas em disputas legais.

Enquanto a Nintendo negou qualquer relação com o falso agente, outros criadores, como Waikuteru, que trabalha com mods de Zelda, também relataram problemas semelhantes. Essas histórias destacam como o sistema atual é vulnerável a abusos, colocando criadores em situações de incerteza e ansiedade.

Mudanças necessárias no YouTube

Embora o YouTube afirme ter equipes dedicadas para prevenir abusos, o caso de Domtendo levanta questões sobre a eficácia dessas medidas. A plataforma não respondeu por que aceitou alegações enviadas por e-mails não corporativos nem garantiu que medidas adicionais serão tomadas para evitar novos incidentes.

Enquanto isso, criadores continuam pedindo reformulação no sistema de copyright do YouTube, que prioriza proteger as plataformas contra responsabilidade legal, mas frequentemente deixa os criadores desamparados. Para Domtendo, o episódio não foi apenas uma luta contra um troll, mas um lembrete do quanto a plataforma pode falhar em proteger quem depende dela para viver.

FTC abre investigação ampla contra a Microsoft por possíveis práticas anticompetitivas

A Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos está conduzindo uma investigação sobre as práticas de negócios da Microsoft, examinando se a gigante da tecnologia violou leis antitruste. A investigação, que inclui entrevistas com concorrentes da empresa, concentra-se em como a Microsoft integra seus produtos populares, como o pacote Office, com serviços de computação em nuvem e cibersegurança. Essa prática, conhecida como “bundling” (agrupamento), tem sido criticada por especialistas e rivais como uma estratégia que potencialmente sufoca a concorrência.

A controvérsia sobre os contratos governamentais

Um dos focos da investigação está nos contratos da Microsoft com o governo federal dos EUA. Em meio a crescentes preocupações com cibersegurança, a empresa ofereceu, a partir de 2021, atualizações gratuitas para pacotes de licenças que incluíam seus produtos de segurança cibernética mais avançados. Após o término do período gratuito, agências governamentais, incluindo o Departamento de Defesa, passaram a pagar por esses serviços. Essa estratégia resultou em um aumento substancial de negócios para a Microsoft, mas deslocou concorrentes de cibersegurança e serviços de nuvem, como a Amazon Web Services (AWS).

Críticos apontam que essa abordagem pode ter infringido leis de contratação pública e competição. Internamente, até mesmo advogados da Microsoft expressaram preocupações antitruste sobre os contratos, segundo uma reportagem do ProPublica.

Vulnerabilidades e preocupações com segurança

A investigação da FTC também examina incidentes anteriores que expuseram falhas de segurança em produtos da Microsoft. Durante o ataque SolarWinds, hackers russos exploraram uma vulnerabilidade em um produto da empresa para acessar dados sensíveis de órgãos governamentais, como a Administração Nacional de Segurança Nuclear. Documentos internos revelaram que um engenheiro da Microsoft havia alertado sobre essa falha anos antes, mas a empresa optou por não corrigir o problema, priorizando a experiência do usuário em detrimento da segurança.

O papel do Azure e das ferramentas de identidade

Outro ponto central da investigação é o impacto da Microsoft no mercado de computação em nuvem e ferramentas de identidade, como o Entra ID (anteriormente conhecido como Azure Active Directory). Essas ferramentas são críticas para autenticação de usuários e integração com outros serviços em nuvem, tornando-se um componente-chave na estratégia de negócios da Microsoft.

Histórico de controvérsias antitruste

A Microsoft já enfrentou processos antitruste no passado. Nos anos 1990, o Departamento de Justiça processou a empresa por práticas monopolistas relacionadas ao sistema operacional Windows. Embora a companhia tenha evitado um desmembramento, o caso resultou em restrições significativas sobre como ela poderia licenciar e desenvolver software.

O contexto político e o futuro da investigação

A investigação da FTC ocorre em um momento de transição política nos EUA. Com a saída da presidente da comissão, Lina Khan, e a iminente chegada de Andrew Ferguson como novo líder da FTC sob o governo Trump, há incertezas sobre o futuro da investigação. Ferguson declarou que planeja adotar uma postura dura contra as gigantes de tecnologia, prometendo “proteger a competição e a liberdade de expressão”.

Enquanto isso, a Microsoft confirmou ter recebido uma intimação da FTC, mas criticou o escopo do pedido, descrevendo-o como amplo e “fora do reino da lógica”. A agência, por sua vez, manteve silêncio sobre os detalhes do caso.

Implicações mais amplas

A investigação é mais um capítulo no escrutínio crescente sobre as práticas de empresas de tecnologia no mercado de computação em nuvem e cibersegurança. À medida que o setor continua a crescer, questões sobre competição justa, segurança de dados e contratos governamentais devem permanecer no centro dos debates regulatórios. A abordagem da FTC nesse caso poderá definir o tom para futuras ações contra gigantes como a Microsoft.

OpenAI anuncia reestruturação corporativa e se torna uma Public Benefit Corporation

A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, anunciou mudanças significativas em sua estrutura organizacional. Em um post no blog oficial, a companhia revelou que passará a operar como uma Public Benefit Corporation (PBC), um modelo de empresa que busca equilibrar interesses lucrativos com um propósito social claro. Essa mudança visa alinhar seus objetivos de inovação com benefícios para a sociedade, enquanto mantém um modelo que incentiva o crescimento e a captação de investimentos.

O que muda com o novo modelo de PBC?

O modelo de PBC é um tipo de corporação reconhecida pela legislação dos EUA, cuja missão combina geração de lucro e impacto social positivo. Embora a OpenAI já operasse com uma estrutura mista — com braços sem fins lucrativos e com fins lucrativos —, a mudança para o status de PBC formaliza esse compromisso e amplia a capacidade de atração de capital.

No modelo atual, o braço sem fins lucrativos continuará a deter ações da nova corporação, enquanto a divisão com fins lucrativos será responsável pelas operações diárias. Além disso, a fundação sem fins lucrativos planeja formar uma equipe de liderança focada em iniciativas sociais nas áreas de saúde, educação e ciência.

“Acreditamos que essa nova estrutura nos permitirá equilibrar os interesses de acionistas, partes interessadas e o benefício público em nossas tomadas de decisão”, declarou a empresa.

Implicações financeiras e operacionais

A mudança, segundo a OpenAI, trará maior flexibilidade para captar recursos, embora a empresa não tenha detalhado como isso acontecerá. O post no blog também não esclarece se haverá impactos diretos nos produtos voltados para o consumidor, como o ChatGPT. No entanto, considerando as recentes dificuldades enfrentadas pela plataforma — incluindo uma grande interrupção de serviço no dia seguinte ao Natal —, a injeção de novos recursos e investimentos pode ser fundamental para garantir a estabilidade e a expansão de seus serviços.

Braço social ganha destaque

Com o novo modelo, o braço sem fins lucrativos da OpenAI terá maior autonomia para liderar projetos de impacto social. A empresa planeja contratar uma equipe dedicada para promover iniciativas voltadas a áreas críticas como saúde, ciência e educação. Essa abordagem reflete uma visão de longo prazo para ampliar o impacto da inteligência artificial além do escopo comercial.

O que esperar no futuro?

Embora os detalhes operacionais ainda sejam escassos, a transição para o modelo de PBC reflete o esforço da OpenAI em consolidar sua posição como uma das empresas líderes no desenvolvimento responsável da inteligência artificial. Ao mesmo tempo, a mudança busca aliviar tensões entre objetivos lucrativos e a necessidade de atender aos desafios éticos e sociais associados à expansão da IA.

A medida também sinaliza uma possível resposta às críticas crescentes sobre o impacto das tecnologias de IA e os desafios de governança enfrentados por empresas do setor. Se bem-sucedida, essa reestruturação pode se tornar um modelo para outras companhias que buscam equilibrar inovação e responsabilidade social no mundo da tecnologia.

Bluesky lançou seu próprio trending topics e recurso deverá atrair usuários do X/Twitter

Neste Natal, a Bluesky anunciou o lançamento de uma nova funcionalidade: o trending topics. A novidade foi compartilhada em um post no próprio aplicativo, com a empresa desejando um “Feliz Natal” aos usuários e apresentando a funcionalidade como mais um passo na evolução da plataforma.

Merry Christmas from us to you 🎄🎁💙 We launched Trending Topics today, and you can find it by tapping the search icon on the bottom bar of the app or the right sidebar on desktop.

Bluesky (@bsky.app) 2024-12-26T01:09:14.499Z

“Você pode encontrar o trending topics tocando no ícone de busca na barra inferior do app ou na barra lateral direita no desktop”, explicou o comunicado publicado em 25 de dezembro.

Um novo capítulo na jornada de Bluesky

Desde que X, anteriormente conhecido como Twitter, passou a ser controlado por Elon Musk, muitos usuários têm migrado para alternativas como a Bluesky. A compra de X e a controversa associação de Musk com a administração Trump têm gerado debates intensos, e a Bluesky se consolidou como um refúgio para aqueles que buscam uma experiência mais comunitária e livre de polêmicas. O trending topics reforça o apelo da plataforma ao trazer de volta uma funcionalidade essencial para discussões em tempo real, como cobertura de notícias, eventos esportivos e até mesmo programas de TV.

Detalhes da funcionalidade

Em uma publicação detalhando o funcionamento do trending topics, a Bluesky enfatizou que essa é apenas a primeira versão da ferramenta, destacando a importância do feedback dos usuários para futuras melhorias.

Os principais pontos incluem:

  • A possibilidade de desativar a funcionalidade diretamente com o botão “X” ou pelas configurações.
  • Palavras já mutadas pelos usuários também não aparecerão nos tópicos em destaque.
  • A funcionalidade está disponível, inicialmente, apenas em inglês, mas há planos para expandir o suporte para outros idiomas após testes mais abrangentes.

Bluesky: um espaço para comunidade e discussão

O lançamento do trending topics é um movimento estratégico para capturar o que muitos consideravam uma das maiores forças do antigo Twitter: a capacidade de reunir pessoas em torno de temas importantes ou populares em tempo real. Além disso, a plataforma tem se destacado por sua abordagem colaborativa com os usuários, buscando construir um espaço mais inclusivo e adaptável.

Com as mudanças recentes nas redes sociais e o declínio do X sob a gestão de Musk, a Bluesky está emergindo como uma alternativa promissora para usuários que valorizam um ambiente mais amigável e focado em comunidades. A inclusão de trending topics reforça o compromisso da plataforma em recriar a experiência que tantos consideravam única no Twitter original.

2025 promete redefinir a geopolítica da inteligência artificial

O ano de 2025 está prestes a marcar uma virada no debate global sobre inteligência artificial (IA) e geopolítica, à medida que líderes mundiais começam a perceber que a tecnologia não precisa ser uma disputa, mas uma oportunidade de cooperação. Nos últimos anos, o discurso em torno da IA oscilou entre entusiasmo e temor, muitas vezes distorcendo as prioridades políticas e fomentando o chamado nacionalismo tecnológico.

O nacionalismo em IA e suas origens

Desde 2017, quando o presidente chinês Xi Jinping anunciou o plano da China para se tornar uma superpotência em IA até 2030, a tecnologia passou a ocupar o centro das estratégias geopolíticas. A ambição chinesa de liderar a inovação tecnológica gerou uma resposta contundente dos Estados Unidos. Medidas como a Lei CHIPs e Ciência de 2022, que restringe a exportação de semicondutores à China, exemplificam o esforço americano para conter o avanço tecnológico chinês.

Esse clima de disputa se intensificou em 2024, quando o governo Biden emitiu um decreto ampliando as restrições de investimento em IA na China. A narrativa que permeia essas ações retrata a IA como uma arena de competição global, em vez de uma ferramenta para resolver problemas coletivos.

Uma mudança no horizonte

Apesar dessa postura combativa, 2025 deve marcar o início de uma abordagem mais colaborativa. As lições da Guerra Fria mostram que a diplomacia pode transformar disputas tecnológicas em oportunidades de progresso comum.

Durante aquele período, os EUA lideraram esforços para evitar a militarização do espaço, culminando em tratados que garantiram sua utilização para fins pacíficos, algo que oscilou bastante posteriormente, e sobretudo após o fim da União Soviética, quando os EUA puderam deixar de lado algumas boas práticas propostas por ele mesmo. Ainda assim, viveu-se por um período relativa pacificidade em discussões relacionadas ao setor.

O AI Summit de 2025, liderado pelo presidente francês Emmanuel Macron, reflete essa mudança de perspectiva. Macron, que já destacou a importância de soluções práticas e padrões globais em discursos recentes, propõe um debate que vá além das questões de segurança e explore como a IA pode beneficiar a sociedade de forma tangível.

A inclusão como prioridade

Outra peça fundamental dessa transformação é a ação da ONU, ainda que a entidade termine o ano com muito menos prestígio do que tinha quando o ano começou. Reconhecendo que muitos países foram deixados à margem do debate sobre IA, a organização apresentou em 2024 um plano para promover uma abordagem mais inclusiva e global. Essa iniciativa busca garantir que nações com menos recursos tecnológicos tenham voz nas decisões sobre o futuro da IA.

Ao mesmo tempo, EUA e China começaram a explorar uma diplomacia tímida, estabelecendo um canal bilateral de consultas sobre IA. Embora os impactos concretos dessa iniciativa ainda sejam incertos, ela indica um desejo inicial de diálogo entre as maiores potências tecnológicas do mundo.

De uma disputa a um esforço coletivo

Se 2023 e 2024 foram marcados por uma retórica de “corrida armamentista” em torno da IA, 2025 promete reposicionar a tecnologia como um campo de colaboração. O momento é crucial para redefinir a narrativa, passando de uma competição polarizada para uma visão global que valorize a diplomacia e o progresso compartilhado.

Essa mudança não será imediata, nem deverá marcar uma evolução responsável da IA, nem apresentar um panorama global isento de desafios, mas os primeiros passos já estão sendo dados. Em um mundo cada vez mais interconectado, o futuro da inteligência artificial não pode ser moldado por fronteiras, mas por esforços coletivos que garantam seus benefícios para todos.

Os maiores acontecimentos tecnológicos de 2024 segundo a Forbes

O ano de 2024 foi marcado por avanços tecnológicos impressionantes que transformaram áreas como política, saúde, sustentabilidade e exploração espacial. Enquanto essas inovações abriram novas possibilidades, também trouxeram desafios que moldarão o futuro. A revista Forbes destacou os eventos tecnológicos mais relevantes de 2024. Veja a lista abaixo.

Inteligência artificial e eleições democráticas

Em 2024, a inteligência artificial desempenhou um papel central em processos eleitorais globais, como as eleições recordistas na Índia e a presidencial nos Estados Unidos. Equipes de campanha utilizaram IA para análise de eleitores, engajamento em massa e respostas em tempo real. Contudo, essa integração trouxe preocupações, como o uso de deepfakes e desinformação automatizada. Embora tenha ampliado o alcance democrático, a tecnologia também desafiou as autoridades a protegerem a integridade eleitoral.

Conflito na Ucrânia: a guerra mais tecnológica da história

O conflito na Ucrânia consolidou-se como o mais avançado tecnologicamente, empregando drones, cães-robôs e estratégias de guerra cibernética. Ferramentas de reconhecimento facial foram usadas por ONGs para identificar criminosos de guerra, enquanto novos mísseis hipersônicos estrearam no campo de batalha. Este conflito destacou como a tecnologia pode tanto intensificar quanto solucionar crises humanitárias.

Avanços em tecnologias sustentáveis

A crise climática impulsionou inovações em tecnologias de captura de carbono, armazenamento de baterias e refrigeração eletrocalórica, que promete soluções mais eficientes em consumo energético. Esses avanços são passos significativos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e atender à crescente demanda por energia limpa.

Espaço: novos marcos na exploração

A SpaceX realizou um feito impressionante com o pouso bem-sucedido do foguete Starship Super Heavy utilizando a torre “Mechazilla”. Além disso, a Índia se tornou o quarto país a pousar na Lua, juntando-se aos EUA, Rússia e China, destacando a crescente democratização da exploração espacial.

Recordes na computação quântica

A computação quântica avançou significativamente, com o computador H2-1, da Quantinuum, superando o desempenho do Sycamore, do Google, em mais de 100 vezes. Embora ainda esteja longe de aplicações cotidianas, a tecnologia promete revolucionar campos como criptografia e otimização, onde sua velocidade supera em milhões de vezes a capacidade dos computadores clássicos.

Primeira terapia genética contra tumores sólidos

A FDA aprovou o Tecelra, a primeira terapia celular personalizada de células T para tratar tumores sólidos. Demonstrando eficácia em reduzir tumores em 44% dos pacientes nos ensaios clínicos, esse avanço em biotecnologia sinaliza um futuro promissor no combate ao câncer.

O legado de 2024 e o olhar para 2025

Ao longo de 2024, vimos como a tecnologia pode transformar a sociedade de maneiras inimagináveis, desde avanços na saúde até soluções energéticas inovadoras. Contudo, também emergiram desafios éticos, sociais e regulatórios que precisarão ser enfrentados. Com 2025 no horizonte, o ritmo da inovação promete continuar acelerado, indicando que estamos apenas no começo de uma década revolucionária.

ReVar: nova ferramenta automatiza cálculo de IR para investidores em renda variável

A partir de 2025, investidores pessoa física no Brasil contarão com uma solução inédita para facilitar a apuração do Imposto de Renda sobre operações de renda variável. Desenvolvida pelo Serpro em parceria com a Receita Federal do Brasil (RFB) e a B3, a calculadora ReVar promete simplificar a declaração de impostos sobre investimentos em ações, ETFs, fundos imobiliários e BDRs.

Como funciona a ReVar?

No lançamento, a ReVar atenderá operações no mercado à vista da B3. Em etapas futuras, a ferramenta incorporará funcionalidades adicionais, como:

  • Cálculo de grupamento de ações;
  • Pagamento de proventos;
  • Suporte para investidores que operam índices e dólar futuro.

Além disso, está em desenvolvimento uma funcionalidade para o pré-preenchimento automático da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), que trará ainda mais praticidade ao processo de declaração.

A calculadora utiliza APIs avançadas para integrar dados das operações realizadas pelos investidores, diretamente da B3 e das corretoras. Com isso, o sistema apura ganhos ou prejuízos líquidos, calcula o imposto devido e gera automaticamente o DARF com QR Code para pagamento via PIX.

Benefícios para os investidores

A ReVar é projetada para atender cerca de 4 milhões de investidores e oferece:

  1. Praticidade: Reduz o tempo necessário para apuração e pagamento do imposto.
  2. Confiabilidade: Garantia de cálculos precisos, em conformidade com a legislação vigente.
  3. Inovação: Automatização de processos complexos, preparando o caminho para um preenchimento mais ágil da DIRPF.

Os investidores poderão acessar a ReVar pela Área do Investidor da B3 ou pelo portal e-CAC da Receita Federal. O sistema permitirá o compartilhamento de dados em conformidade com a LGPD, oferecendo segurança e transparência aos usuários.

Declaração e pagamento facilitados

No portal e-CAC, o investidor poderá complementar as informações com dados adicionais, como custo de aquisição de ativos e prejuízos acumulados. Após esse passo, a ferramenta apresentará um resumo mensal das operações e, quando necessário, gerará o DARF para pagamento.

Segundo Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, a ferramenta “é mais uma entrega alinhada à nova diretriz da Receita de oferecer todos os meios possíveis para orientar os contribuintes e diminuir o custo de conformidade”.

A ReVar marca um avanço significativo para simplificar a relação dos investidores brasileiros com o cumprimento de suas obrigações fiscais, trazendo agilidade, segurança e inovação ao processo de apuração de impostos.

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