Zuckerberg não é responsável pelos danos que suas plataformas causam às crianças, diz justiça

Em uma decisão significativa, a juíza federal Yvonne Gonzalez Rogers, em Oakland, Califórnia, declarou que o CEO da Meta Platforms, Mark Zuckerberg, não pode ser considerado pessoalmente responsável em 25 processos que acusam a empresa de causar danos à saúde mental de crianças por meio de redes sociais como Facebook e Instagram.

Argumentos apresentados e decisão judicial

Os processos alegavam que Zuckerberg desempenhou papel central em direcionar a Meta para ocultar os sérios riscos à saúde mental associados ao uso das plataformas, ignorando alertas internos e minimizando publicamente os perigos. No entanto, a juíza rejeitou as alegações contra o CEO, afirmando que não foram apresentadas evidências específicas que demonstrassem sua responsabilidade direta. Segundo Rogers, “o controle sobre a atividade corporativa por si só é insuficiente” para estabelecer culpa pessoal.

A decisão, entretanto, não afeta os processos em andamento contra a Meta como corporação, que continua sendo acusada de priorizar lucros em detrimento da segurança de jovens usuários.

Processos em múltiplos estados

Os processos foram movidos em 13 estados norte-americanos, incluindo Arizona, Geórgia, Marylan, Nova York, Carolina do Norte e Pensilvânia.

Previn Warren, sócio da Motley Rice e advogado dos reclamantes, declarou que seus clientes continuarão reunindo provas para “revelar a verdade sobre como a Big Tech tem conscientemente priorizado os lucros em detrimento da segurança de nossos filhos.”

Contexto e impacto

A decisão ocorre em meio a um cenário de crescente escrutínio sobre a atuação das grandes empresas de tecnologia no que diz respeito à saúde mental de seus usuários, especialmente crianças e adolescentes. As plataformas da Meta, como o Instagram, foram alvos de críticas após revelações de que relatórios internos da empresa reconheciam impactos negativos no bem-estar psicológico de jovens usuários.

Reações e próximos passos

Enquanto a decisão protege Zuckerberg de responsabilidade pessoal, ela não encerra os debates em torno das práticas corporativas da Meta. A empresa permanece sob investigação e enfrentando processos que podem influenciar mudanças regulatórias no setor de tecnologia.

Segundo CCDH, algoritmo do X/Twitter favoreceu Donald Trump nas eleições estadunidenses

Durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, a plataforma X, de Elon Musk (anteriormente conhecida como Twitter), alcançou um “recorde de utilização”. Em paralelo a isso, um estudo do Center for Countering Digital Hate (CCDH) aponta que o proprietário da rede social pode ter manipulado o algoritmo para favorecer publicações pró-Trump.

Musk, política e o X nas eleições americanas

Elon Musk, um conhecido apoiador de Donald Trump, expressou publicamente sua satisfação com a vitória do republicano, incluindo o compartilhamento de uma imagem gerada por IA onde ele “carrega” um lavatório para a Casa Branca com a legenda: “Let that sink in”, uma referência à sua aquisição do X em 2022.

Enquanto Musk celebrava o “recorde de utilização” da plataforma, estudos mostraram que várias de suas publicações continham informações falsas ou enganosas sobre as eleições. Segundo o CCDH, pelo menos 87 dessas postagens, identificadas por verificadores de fatos como enganosas, somaram 1,7 bilhões de visualizações. Em comparação, elas geraram o dobro de engajamento de todos os anúncios políticos combinados na plataforma, o que equivaleria a cerca de 24 milhões de dólares investidos em anúncios pagos.

Uma das alegações falsas mais vistas envolvia estados decisivos e a suposta “importação de eleitores”, alcançando 21 milhões de visualizações.

Manipulação do algoritmo e aumento de engajamento

O estudo do CCDH também destaca mudanças significativas no engajamento da conta de Musk desde julho de 2024. As visualizações de suas publicações aumentaram 138%, os retweets cresceram 238% e os “likes” subiram 186%, números muito superiores aos de outras contas políticas de destaque na rede.

Além disso, o relatório sugere que o algoritmo do X foi ajustado para amplificar desproporcionalmente publicações de Musk, frequentemente favoráveis a Trump e críticas à candidata democrata Kamala Harris. Essa manipulação teria contribuído para aumentar a visibilidade do conteúdo pró-Trump em detrimento de mensagens concorrentes.

As ações de Musk, segundo os pesquisadores, “torpedearam a fantasia de que redes sociais como o X são neutras”. Anteriormente, o bilionário já havia mobilizado uma equipe para aumentar o alcance de suas publicações, como revelado pelo The Verge.

Bancada da criptomoeda elege quase 300 candidatos na eleição estadunidense

A criptoindústria realizou uma das maiores campanhas de influência corporativa da história recente, investindo mais de US$ 135 milhões para impulsionar candidatos pró-criptomoedas nas eleições de 2024 nos Estados Unidos. Esse movimento, liderado por empresas como Coinbase, Ripple e pelo fundo de investimentos Andreessen Horowitz, teve como objetivo promover uma agenda de desregulamentação e apoio à tecnologia blockchain no cenário político norte-americano.

A vitória de Trump e a ascensão da agenda cripto

Com a vitória de Donald Trump na presidência, o setor cripto vislumbra uma nova era de apoio governamental. Trump prometeu desregulamentar amplamente o setor financeiro, o que inclui maior liberdade para o desenvolvimento de tecnologias baseadas em blockchain e criptomoedas.

Entre os estados mais visados pela campanha, Ohio foi destaque, com a eleição de Bernie Moreno, candidato republicano entusiasta de criptomoedas. Moreno recebeu cerca de US$ 40 milhões em apoio da indústria, superando o democrata Sherrod Brown, conhecido por sua postura crítica às moedas digitais e presidente do Comitê Bancário do Senado.

Impacto político e econômico

Câmara dos Deputados

  • 253 candidatos favoráveis às criptomoedas foram eleitos.
  • Apenas 115 opositores conseguiram cadeiras, segundo o Stand With Crypto, grupo que monitora o apoio político ao setor.

Senado

  • 16 senadores pró-cripto foram eleitos.
  • 12 críticos à tecnologia também conquistaram vagas.

Além disso, na noite da apuração, o impacto foi imediato nos mercados. O preço do bitcoin atingiu um recorde de US$ 75.000, reforçando o otimismo do setor diante de um cenário político favorável.

Contexto global e próximos passos

A intensa mobilização nos EUA ocorre em um momento de discussões globais sobre a regulamentação do setor. No Brasil, por exemplo, o Banco Central anunciou a segunda fase de consulta pública para regulamentação de criptomoedas, enquanto eventos como a Satsconf em São Paulo reforçam o papel do bitcoin no mercado brasileiro.

Nos EUA, a expectativa é que a nova configuração política impulsione legislações favoráveis às criptomoedas, ao mesmo tempo em que desafia os críticos do setor.

Operações do TikTok são encerradas no Canadá por questões de “segurança nacional”

O governo canadense ordenou o fechamento da subsidiária da TikTok no país, a TikTok Technology Canada, e o fechamento dos escritórios da empresa em Toronto e Vancouver, após uma análise de segurança nacional.

Segundo François-Philippe Champagne, ministro da Inovação, Ciência e Indústria, a decisão foi baseada em evidências coletadas pelo conselho de segurança e inteligência do Canadá, com apoio de parceiros internacionais.

Apesar disso, o aplicativo continuará acessível no país. “O governo não irá bloquear o acesso dos canadenses ao aplicativo TikTok ou sua capacidade de criar conteúdo”, afirmou Champagne, mas alertou sobre os potenciais riscos de segurança, especialmente relacionados ao compartilhamento de informações com empresas estrangeiras, como a chinesa ByteDance, proprietária do TikTok

Histórico de restrições ao TikTok

A decisão do Canadá ocorre em meio a crescentes preocupações globais sobre o TikTok, especialmente em relação à privacidade dos dados e sua conexão com o governo chinês.

  • Proibição em dispositivos governamentais: nos EUA, há dois anos, o TikTok foi banido em dispositivos oficiais, sob alegações de que dados como histórico de navegação, localização e identificadores biométricos poderiam ser acessados por lideranças chinesas — algo que a empresa negou. Medidas similares foram adotadas no Canadá e no Reino Unido .
  • Risco a crianças: em 2023, o TikTok foi multado em US$ 368 milhões pela União Europeia por falhas na proteção da privacidade de crianças. Além disso, o aplicativo enfrenta processos nos EUA devido a seu potencial viciante para jovens .
  • Possívelo nos EUA: o presidente dos EUA Joe Biden assinou uma lei exigindo que a ByteDance venda o TikTok para uma empresa americana ou enfrentará um banimento completo no país. A empresa está contestando judicialmente essa medida .

Questionamentos e consequências

Michael Geist, professor da Universidade de Ottawa, questionou a abordagem do governo canadense. Segundo ele, banir a empresa enquanto permite o uso do aplicativo pode ser contraproducente. “Os riscos associados ao aplicativo permanecem, mas a capacidade de responsabilizar a empresa será enfraquecida”, afirmou.

Os administradores do TikTok, por sua vez, criticaram a decisão canadense, afirmando que resultará na destruição de centenas de empregos bem remunerados no país. A empresa declarou que planeja contestar a ordem na justiça e ressaltou que a plataforma continuará operando no Canadá para atender criadores de conteúdo e negócios locais.

SpaceSail, gigante chinesa de tecnologia espacial, deve fechar acordo com o Brasil

A empresa chinesa SpaceSail está se preparando para ser a nova concorrente da Starlink no mercado brasileiro de internet por satélite.

Hermano Barros Tercius, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, confirmou à BBC Brasil a possibilidade de a SpaceSail iniciar operações no país, com a assinatura de acordos previstos para coincidir com a visita do presidente chinês, Xi Jinping, durante a Cúpula do G20 no dia 20 de novembro.

Embora o governo brasileiro esteja entusiasmado com a chegada da SpaceSail, ainda não há uma data exata para que a empresa comece a oferecer seus serviços, pois o processo de licenciamento e regulamentação no Brasil pode ser demorado. Dessa forma, a expectativa é que a SpaceSail só entre em operação no Brasil a partir de 2025.

A SpaceSail, com sede em Xangai, aposta em satélites de órbita baixa, conhecidos como LEO (Low Earth Orbit), para fornecer serviços de banda larga. Esses satélites orbitam a cerca de 550 km de altitude e são menores que os satélites convencionais, o que reduz o custo de lançamento e operação. A empresa, que atualmente possui 18 satélites em órbita, planeja lançar até 15 mil satélites até 2030.

A entrada da SpaceSail no mercado é vista como um fator importante para aumentar a competitividade no setor de internet por satélite no Brasil, onde a Starlink, de Elon Musk, domina cerca de 45% do mercado. Além de potencialmente melhorar o acesso à internet, a competição pode reduzir os preços e levar a mais opções para os consumidores, especialmente após recentes divergências entre a Starlink e as autoridades brasileiras.

Eleição de Trump deve afetar o mercado de inteligência artificial

Na manhã de quarta-feira, Donald Trump foi declarado vencedor da eleição presidencial dos EUA, preparando o cenário para mudanças significativas na política federal de IA ao assumir o cargo no próximo ano.

Entre suas intenções está a desarticulação imediata da ordem executiva sobre IA estabelecida por Biden em outubro de 2023. Biden criou uma supervisão abrangente do desenvolvimento de IA, incluindo a criação do Instituto de Segurança de IA dos EUA (AISI). Ela exige que empresas apresentem relatórios sobre metodologias de treinamento e medidas de segurança, incluindo dados de testes de vulnerabilidade. Além disso, a ordem atual orienta o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio a desenvolver diretrizes para ajudar as empresas a identificar e corrigir falhas em seus modelos de IA .

Apoiadores de Trump, como a deputada Nancy Mace e o senador Ted Cruz, têm criticado essas medidas. Em março, Mace alertou que os requisitos de relatórios podem desestimular a inovação e impedir desenvolvimentos como o ChatGPT. Cruz caracterizou os padrões de segurança de IA do NIST como uma tentativa de “controle por normas progressistas” .

Impacto Comercial e Outros Efeitos

As propostas de Trump incluem uma tarifa de 10% sobre todas as importações dos EUA e uma tarifa de 60% sobre produtos chineses, o que poderia dificultar o acesso da indústria de IA a tecnologias essenciais, especialmente GPUs, fundamentais para treinamento e execução de seu trabalho. Também é possível que Trump intensifique o controle de exportações de chips e modelos de IA para a China .

Outras propostas de Trump incluem a restrição a vistos H-1B e a expansão do desenvolvimento de petróleo e gás, medidas que se aplicadas poderiam impactar a capacidade de empresas de IA de recrutar talentos e acessar recursos computacionais .

Caso Trump realmente remova a regulamentação federal de IA, os governos estaduais estadunidenses poderão preencher essas lacunas regulatórias, como é comum nos Estados Unidos. Por exemplo, Tennessee, Colorado e Califórnia já adotaram medidas para regular IA, incluindo proteção contra clonagem de voz e regulamentações contra deepfakes, mostrando que os estados podem adotar políticas próprias caso a regulamentação federal seja desfeita. Em efeito cascata, países pelo mundo que também são impactados pelas tecnologias estadunidenses enfrentariam a necessidade de implementarem leis que ofereçam o mínimo de proteção às pessoas, o que poderia levar tempo e gerar um status de insegurança em primeiro momento.

Por fim, as fronteiras nem sempre precisas entre o pessoal e o institucional, marca do primeiro governo Trump, poderiam gerar desequilíbrio de mercado, com empresas gerenciadas por seus apoiadores conseguindo mais livre acesso ao lobby presidencial em busca de condições exclusivas de atuação. Elon Musk, que apoiou Trump na eleição, por exemplo, tem projetos na área de IA e tem perdido espaço de mercado, podendo agora utilizar de suas relações para recuperar terreno.

Meta AI será utilizada pelo exército estadunidense

Meta anunciou que permitirá que agências governamentais dos EUA e seus contratados utilizem seu modelo de IA de código aberto, Llama, para “aplicações de segurança nacional”. A empresa está colaborando com Amazon, Microsoft, IBM, Lockheed Martin, Oracle e outras para disponibilizar o Llama ao governo.

Embora a política de uso aceitável da Meta proíba o uso do Llama 3 para “aplicações militares, bélicas, nucleares ou de espionagem”, a empresa esclareceu que essa atualização permite que os militares dos EUA utilizem o Llama para tarefas como “simplificar logística e planejamento complexos, rastrear financiamento de terroristas ou fortalecer nossas defesas cibernéticas”.

A Meta afirmou que a Oracle já começou a usar o Llama para “sintetizar” documentos de manutenção, auxiliando técnicos de aeronaves em reparos, enquanto a Lockheed Martin está empregando o modelo para gerar código e analisar dados.

Recentemente, a Reuters informou que pesquisadores chineses utilizaram o modelo Llama 2 da Meta para desenvolver um sistema de IA para uso militar. Em resposta, um porta-voz da Meta afirmou que “o suposto papel de uma versão única e desatualizada de um modelo americano de código aberto é irrelevante quando sabemos que a China já está investindo mais de um trilhão de dólares para superar os EUA em IA”.

A Meta enfatizou a importância de os EUA liderarem a corrida pela IA, afirmando que é do “interesse tanto da América quanto do mundo democrático mais amplo que modelos de código aberto americanos se destaquem e superem modelos da China e de outros lugares”.

Outras empresas de IA também estão se envolvendo com o setor militar. O The Intercept revelou que o Comando Africano dos EUA adquiriu serviços de computação em nuvem da Microsoft, oferecendo acesso às ferramentas da OpenAI. Além disso, o Google DeepMind possui um contrato de computação em nuvem com o governo israelense.

Google remove anúncios fraudulentos às vésperas da eleição estadunidense

O Google retirou anúncios fraudulentos relacionados à votação que apareceram em eleições anteriores, conforme relatado por um novo estudo do Tech Transparency Project (TTP).

O TTP, uma iniciativa da organização Campaign for Accountability, conduziu testes no mecanismo de busca do Google para verificar se buscas com termos populares sobre votação resultavam em anúncios enganosos. Os termos testados incluíram “como votar”, “como se registrar para votar” e “votação antecipada”.

Em eleições passadas, como as de 2020 e 2022, buscas semelhantes levaram a anúncios fraudulentos que cobravam taxas falsas para registro de eleitores ou redirecionavam usuários para sites que coletavam dados para marketing. Alguns anúncios até incluíam “sequestradores de navegador” que forçavam os usuários a visitar sites com excesso de anúncios.

Entre os dias 1 e 10 de outubro de 2024, o TTP constatou que esses anúncios fraudulentos haviam sido removidos. A maioria dos anúncios analisados direcionava para sites legítimos de educação eleitoral. O teste foi realizado em uma versão “limpa” do navegador Chrome, sem histórico de navegação, e incluiu o uso de redes virtuais privadas (VPNs) para avaliar variações baseadas na localização.

Em seu blog, o TTP destacou que o Google tem capacidade de aplicar suas políticas de publicidade de forma eficaz: “As descobertas sugerem que o Google é capaz de fazer cumprir suas políticas de anúncios e impedir que atores inescrupulosos tirem vantagem de possíveis eleitores durante o período pré-eleitoral”.

Acesso à internet no Brasil atinge 85% das áreas urbanas em 2024

O acesso à internet em domicílios urbanos no Brasil passou de 13% para 85% nas últimas duas décadas, de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2024, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Esse crescimento reflete um avanço significativo desde 2005, quando apenas uma em cada oito residências tinha conexão. Atualmente, cerca de sete em cada oito lares estão conectados.

Principais Dados da Pesquisa

  • Total de Usuários: 159 milhões de pessoas acessam a internet em 2024, representando 84% da população brasileira pesquisada. O “indicador ampliado” da pesquisa inclui 166 milhões de usuários (89%), considerando aqueles que utilizam aplicativos conectados, mas não relatam uso direto da internet.
  • Permanência da Exclusão Digital: apesar do aumento na conectividade, 29 milhões de brasileiros permanecem sem acesso à internet, mantendo o número registrado em 2023.
  • Acesso por Dispositivo: 60% dos usuários acessam a internet exclusivamente pelo celular, um leve aumento em relação aos 58% de 2023.
  • Fonte de Conexão: 73% dos usuários utilizam Wi-Fi e redes móveis; 22% dependem apenas de Wi-Fi; e 4% somente de redes móveis. Entre os planos, 57% são pré-pagos, 20% pós-pagos e 18% são do tipo controle.
  • Atividades na Internet: em 2024, 32% dos usuários buscaram informações sobre saúde pública; 31% sobre documentos como RG e CPF; 29% sobre impostos e taxas; e 25% sobre direitos trabalhistas e previdência.
  • Segurança Online: 52% dos usuários verificaram a veracidade de informações e 48% adotaram medidas para proteger dispositivos e contas.

Desigualdade no acesso

A pesquisa revela que, enquanto 100% dos lares da classe A possuem acesso à internet, apenas 68% das residências das classes D e E estão conectadas. Essa diferença é mais notável em áreas urbanas, onde 24 milhões das pessoas sem acesso têm apenas formação até o Ensino Fundamental, e cerca de 17 milhões se identificam como pretos ou pardos.

Perfil dos usuários

As regiões Sul e Sudeste registram os maiores índices de uso da internet, com 90% e 85%, respectivamente. Em termos de faixa etária, 95% dos jovens entre 16 e 24 anos estão conectados, comparados aos 59% da população com 60 anos ou mais.

Dono do TikTok torna-se a pessoa mais rica da China

Zhang Yiming, fundador da ByteDance, empresa controladora do TikTok, tornou-se a pessoa mais rica da China, com uma fortuna estimada em US$ 49,3 bilhões (aproximadamente R$ 283 bilhões). Este valor representa um aumento de 43% em relação a 2023, conforme a lista do instituto de pesquisa Hurun.

Aos 41 anos, Zhang deixou o cargo de diretor-executivo da ByteDance em 2021, mas ainda detém cerca de 20% da empresa.

O TikTok tornou-se uma das redes sociais mais populares globalmente, apesar de preocupações em alguns países sobre seus vínculos com o governo chinês.

Antes de Zhang, o título de pessoa mais rica da China pertencia a Zhong Shanshan, presidente da Nongfu Spring, a maior empresa de bebidas do país.

Zhang é o 18º indivíduo a alcançar o topo da lista dos mais ricos da China nos 26 anos de publicação do ranking.

A ascensão de Zhang ocorre em um momento em que a economia chinesa enfrenta desafios, com uma redução no número de bilionários no país. A lista dos mais ricos da China encolheu pelo terceiro ano consecutivo, com uma queda de 12% no número de indivíduos listados no último ano, totalizando pouco menos de 1.100 pessoas.

Zhang Yiming nasceu em Longyan, no sudeste da China, em 1983. Antes de fundar a ByteDance em 2012, trabalhou na Microsoft e no Kuxun, um dos principais sites de busca de viagens e transporte da China, posteriormente adquirido pelo TripAdvisor.

A ByteDance iniciou suas operações com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial que teve grande sucesso na China. Em 2016, a empresa lançou o Douyin, precursor do TikTok, que chegou ao mercado internacional em 2017.

G1

Apesar de pressões internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que planejam banir o TikTok em janeiro de 2025 caso a ByteDance não venda suas operações no país, a empresa continua a expandir sua presença global.

A ascensão de Zhang Yiming ao topo da lista dos mais ricos da China reflete o dinamismo do setor tecnológico chinês e a crescente influência de empresas como a ByteDance no cenário global.

Sair da versão mobile